Ator quebra clichê com cientista pouco nerd e samba no pé em Cara e Coragem

Em Cara e Coragem, Jonathan (Guilherme Weber) é o responsável pela pesquisa que provocou a ambição de gente perigosa e culminou na morte de Clarice (Taís Araujo). Apesar de ter começado a trama de forma sisuda, justamente por ter medo de acabar como a ex-chefe, seu intérprete adianta que ele se mostrará uma pessoa bastante animada ao longo da novela das sete da Globo, ajudando a quebrar alguns estereótipos em relação a cientistas.

"A construção desse personagem é um demolidor de clichês. Ele é um cientista que foge um pouco do que normalmente a gente costuma imaginar, dessa maneira muito nerd. Ele é um cara extremamente solar, que frequenta o samba, tem um jogo de cintura e uma relação com a vida. Ao mesmo tempo ele é um pesquisador muito dedicado e trabalhador, no sentido de que o cientista no Brasil não é visto como trabalhador", destaca Weber.

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Ele é esse pesquisador e cientista ativo, que desenvolve uma fórmula muito poderosa e promissora. Também acaba representando o cientista que é sombrio em um certo aspecto, porque essa fórmula também pode ter um lado sombrio e destruidor. Isso lembra a crise de Santos Dumont [1873-1932], que desenvolveu o avião e depois acaba se matando quando vê o mau uso que o invento dele tem.

Jonathan não irá morrer no folhetim de Claudia Souto, mas sumirá durante um tempo. Quando ele ressurgir, acabará se relacionando com Anita (Taís Araujo), a suposta sósia de Clarice. O ator adianta que, embora diferente, a relação do pesquisador com a moça será tão intensa quando era com a ricaça.

"Tem esse jogo do duplo nessas duas mulheres, que podem ser a mesma mulher, e esse cara que tem diferentes relações com elas e acaba vivendo um pouco essa lenda do duplo, que é fascinante, mas também destruidora. Acho que o Jonathan está se equilibrando em todos os aspectos no fascínio e na destruição, por mais solar que seja o lado dele", define.

O papel também é um reencontro de Guilherme Weber com Taís Araujo no horário das sete após Da Cor do Pecado (2004), na qual ele viveu o vilão Tony, e ela, a mocinha da história, Preta. "Lá éramos antagonistas e agora somos parceiros, então é um prazer encontrar uma colega assim, uma atriz especial como a Taís, tantos anos depois, e vê-la no completo domínio de seu repertório", arremata ele.  

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