CONSCIÊNCIA CRÍTICA
Estevam Avellar/TV Globo
O ator Ailton Graça interpreta o padre Ramiro, que circula por todos os núcleos de O Sétimo Guardião
REDAÇÃO
Publicado em 20/11/2018 - 5h35
Para Ailton Graça, Serro Azul, cidade em que se passa a trama de O Sétimo Guardião, é o local que mais celebra a diversidade na teledramaturgia da Globo. O ator de 54 anos interpreta um padre que circula por todos os núcleos da história e acha que a produção juntou atores de diferentes regiões, estilos e sotaques. Ele acredita que a novela das nove traz um avanço em relação à sua antecessora, Segundo Sol.
"A formação do povo brasileiro tem perfis diferenciados, várias paletas de cores, comportamentos e sotaques. Eu acho que Serro Azul está tentando contemplar isso, a gente tem [no elenco] pessoas de vários lugares do país, atores que mantêm seus sotaques dentro da trama. Não foi elaborada uma prosódia, um jeito de falar específico, cada um está criando [seu personagem] dentro daquilo que acredita. Serro Azul pode ser em qualquer lugar", opina.
Durante o lançamento da novela para a imprensa, ele comparou O Sétimo Guardião com a polêmica em relação ao elenco de Segundo Sol, que tinha poucas pessoas negras numa trama baiana.
"Como foi uma novela que se passava na Bahia e que tinha toda uma coisa mais contemporânea, aquilo exigia sim, na minha opinião, um elenco majoritariamente 'baiano', na textura e cor da pele", afirma.
Apesar da diversidade regional, o elenco principal de O Sétimo Guardião tem menos atores negros do que Segundo Sol. Só dois aparecem no elenco no site oficial da novela, Adriana Lessa e o próprio Graça.
"Acho que sempre há uma falta de atores negros. Isso é uma opinião minha, não tem nada a ver com a novela que estou fazendo, é uma preocupação minha. Existe uma falta de entendimento e compreensão da teledramaturgia para falar de histórias mais voltadas para o povo negro", declara.
Na trama, Ailton Graça interpreta o padre Ramiro, um forasteiro que chega a Serro Azul e tenta entender os comportamentos daquelas pessoas. O personagem conversará com os moradores e aprenderá a aceitar as "esquisitices" de cada um.
"Pra ele [Ramiro], Serro Azul também é uma descoberta. Se alguém falar pra ele de um gato que vira gente, vai falar que essa pessoa precisa de oração. Tem alguma coisa aí. A partir do momento em que ele descobre isso [o misticismo], passa a entender também. Eu acredito que O Sétimo Guardião vai trazer um respiro [ao cotidiano]", explica Graça.
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