IRMÃS OU RIVAIS?
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
As irmãs Manu (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos) dividiram opiniões do público
O Brasil voltará a ficar polarizado a partir desta segunda (1º), mas o motivo desta vez não será político. Com a reprise da novela A Vida da Gente (2011), na faixa das 18h da Globo, o público poderá novamente se dividir entre torcidas para uma das duas protagonistas, Ana (Fernanda Vasconcellos) ou Manu (Marjorie Estiano). As atrizes entendem a reação dos telespectadores, no entanto, afirmam que entre as personagens há apenas amor.
Na história, Ana é uma tenista bem-sucedida e a queridinha da mãe, enquanto Manu é rejeitada pela progenitora e não tem o brilho da irmã. Ana se envolve com Rodrigo (Rafael Cardoso) e engravida. Pouco tempo depois de ter sua filha, ela sofre um acidente de carro, entra em coma e fica nesta situação durante anos.
Neste período, Manu passa a cuidar da filha da irmã e se aproxima de Rodrigo. Os dois começam a viver uma relação amorosa, até que a tenista acorda do coma e encontra sua vida completamente diferente.
A partir deste ponto, surge certa competição e estranhamento na relação das irmãs. Na exibição original, em 2011, o público comentou a novela nas redes sociais tomando partidos: algumas pessoas se declararam Time Ana, acreditando que ela deveria recuperar o amor de Rodrigo e a guarda de sua filha; enquanto outras foram Time Manu, defendendo que a jovem não tinha culpa por ter "tomado" o lugar da irmã nas relações.
"A partir daí se cria uma discussão que é a coisa mais interessante que a gente pode absorver numa obra. Você pode discutir, concordar, não concordar", opina Marjorie Estiano.
"Existe uma tendência nossa, na vida, de tomar um lado nas nossas relações. Você acaba sempre se relacionando a partir disso, do certo e errado. A gente tem dificuldade de equilibrar esses lados. Não precisa ser inimigo porque você não concorda, porque acha que podia ter sido diferente", complementa a atriz.
Fernanda Vasconcellos diz que acompanhava a manifestação dos telespectadores sobre os "times" da trama pelo Twitter, mas acredita que a relação das irmãs era apenas de amor.
"Eu fiquei surpresa, o que que é isso? Começou uma torcida que de alguma forma não tinha que existir, porque o amor daquela novela é o amor daquelas irmãs. Elas se complementam, não são rivais, elas são o coração. O que fazia com que eu me concentrasse naquela personagem era o amor que ela sentia pela Manu, e não o contrário", explica.
Para a autora, Lícia Manzo, o erro de Ana, Manu e Rodrigo é não serem sempre sinceros um com o outro e não falarem o que estão sentindo, ainda que seja difícil. Ela e as atrizes entendem que o folhetim ajuda o público a ver que muitas vezes as pessoas não são simplesmente boas ou ruins, e sim que há muito mais complexidade na vida.
"O que as antagoniza é a própria vida mesmo. Nosso pensamento é muito binário, e as pessoas são mescladas, são mais do que isso", diz Lícia. "A gente tem a ilusão de que é muito fácil, se aquela pessoa é ruim, meu lugar tem que ser esse [de ser melhor]. Lidar com a complexidade disso é muito mais trabalhoso. Às vezes a gente escolhe isso [a polarização] pra não ter que alargar a compreensão do humano", alfineta Marjorie.
Com a "edição especial" do folhetim de Lícia Manzo, a Globo adiou a estreia da inédita Nos Tempos do Imperador para o segundo semestre deste ano. Além dos spoilers, o Notícias da TV publica diariamente o resumo da novela das seis que a emissora reprisa devido à pandemia da Covid-19.
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