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QUEDA LIVRE

TV paga no Brasil começa 2020 com perda de 300 assinantes por hora

DIVULGAÇÃO

Homem usa controle remoto para mexer em uma smart TV

Clientes têm cancelado suas assinaturas de TV paga: em um mês, foram 223.926 clientes a menos

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 6/3/2020 - 14h56

A crise da TV paga não chegou ao fim com a virada do ano. Pelo contrário, piorou. Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as operadoras fecharam o mês de janeiro com 15.562.354 assinantes, uma perda de 223.926 em um mês. Isso equivale a 7.223 clientes por dia, ou 300 contratos por hora.

O índice de pessoas que têm TV por assinatura no Brasil é o pior desde setembro de 2012, quando contabilizou 15.399.435 clientes. Na época, porém, o mercado estava em rápido crescimento; agora, acumula quedas consecutivas desde julho de 2018.

A concorrência com serviços de streaming como Netflix, Globoplay e Prime Video acelerou o ritmo de cancelamentos: o número de contratos rompidos em janeiro é o segundo pior da história da TV paga no Brasil --supera apenas setembro do ano passado (quando perdeu 334.401).

Nos últimos 12 meses, o número de clientes que cortaram o cabo foi de 1.950.214. Se continuar nesse andamento, a TV paga não sobrevive até o fim da próxima década: em menos de oito anos, o número de assinantes chegaria a zero.

São Paulo, o Estado com maior número de contratos (5.746.860), perdeu 80.785 clientes em um mês. Ou seja: mais assinantes paulistas abriram mão da TV paga do que o total de consumidores do serviço em Estados como Sergipe (77.933), Acre (26.852), Rondônia (43.804), Roraima (14.153) e Tocantins (35.061).

Em termos proporcionais, porém, o Estado que registrou maior queda de contratos foi Roraima (3,8%). No sentido contrário, o Amapá foi o único a crescernos primeiros 31 dias do ano. Ainda assim, o índice não é motivo para celebração: foram apenas 154 novos assinantes no Estado, que agora conta com 17.987 clientes.


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