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COLUNA DE MÍDIA

Recordes do Facebook e Google mostram aceleração da migração de publicidade

Reprodução/Pixabay

Facebook

Facebook anunciou que bateu recorde de receita com venda de publicidade no trimestre

GUILHERME RAVACHE

ravache@proton.me

Publicado em 29/4/2021 - 6h45

Facebook, YouTube, Pinterest e Snapchat divulgaram seus resultados do primeiro trimestre nesta semana. Entre todos, um dado em comum: recordes de crescimento de receita com venda de publicidade. 

A receita de publicidade, que representa a maior parte do faturamento do Facebook, aumentou 46% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, indo para US$ 25,44 bilhões, revelou a empresa nesta quarta-feira (28).

O lucro quase dobrou, chegando a US$ 9,5 bilhões. E quase 3,5 bilhões de pessoas agora usam um dos aplicativos do Facebook todos os meses, um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

Na terça-feira (27), a Alphabet Inc., controladora do Google, disse que quebrou os recordes de vendas do primeiro trimestre e que o lucro mais do que dobrou. Também na terça, a plataforma de compartilhamento de imagens Pinterest disse que sua receita aumentou 78%.

E, na semana passada, a Snap Inc. (antigo Snapchat) havia dito que sua receita trimestral aumentou 66% à medida que ganhou mais usuários. O Twitter divulgará o seu relatório financeiro trimestral nesta quinta-feira (29).

As empresas afirmaram que os ganhos do primeiro trimestre refletem a tendência do ano passado de pessoas gastando mais tempo e dinheiro online, e anunciantes redirecionando seus recursos para aproveitar essa mudança. 

O Facebook disse que o preço médio por anúncio e o número de anúncios veiculados durante o período de janeiro a março aumentou.

Problemas adiante

Em seu relatório, a rede social de Mark Zuckerberg afirma que o forte crescimento da receita experimentado no final do ano passado pode ser difícil de repetir. Disse ainda que espera que o crescimento da receita ano após ano diminua no terceiro e quarto trimestres.

Além da retomada das atividades off-line à medida que a vacinação acelera, o Facebook terá de lidar com as novas regras de publicidade da Apple, que vão limitar a capacidade da rede social de rastrear os usuários de iOS. 

Em conferência com investidores nesta quarta-feira, o Facebook disse que espera alguns desafios para sua publicidade neste ano "de mudanças regulatórias e de plataforma, notadamente a atualização do iOS 14.5 recentemente lançada, que esperamos começar a ter um impacto no segundo trimestre". A empresa acrescentou que a mudança foi incorporada em suas orientações financeiras.

"Tivemos um trimestre forte porque ajudamos as pessoas a se manterem conectadas e os negócios a crescerem", disse Zuckerberg em um comunicado. "Continuaremos a investir agressivamente para fornecer experiências novas e significativas nos próximos anos, incluindo em áreas mais novas, como realidade virtual e aumentada, comércio e economia do criador."

YouTube surpreende

Na terça, o Google divulgou seus resultados, e o YouTube esteve entre os destaques. As receitas da plataforma de vídeos chegaram a US$ 6,01 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 49% em relação aos US$ 4 bilhões de um ano atrás.

Uma das explicações para o bom desempenho do YouTube, além do aumento das horas visualizadas na plataforma durante a pandemia, são as TVs conectadas (Connected TV). Elas permitem exibir publicidade na televisão segmentando a audiência, da mesma maneira como já acontece no digital.

Não é segredo que todo esse dinheiro que inunda as empresas de tecnologia está vindo da mídia tradicional. Como aponta um estudo da Twilio, a pandemia acelerou a adoção do digital em 5,3 anos. Se o Facebook acredita que os próximos meses vão ser mais difíceis, imagine para os veículos de mídia tradicional.


Este texto é argumentativo e não expressa necessariamente a opinião do Notícias da TV.


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