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MARIE KONDO

Netflix se inspira em guru da arrumação para encarar competição com a Disney

Divulgação/Rio2C

Ted Sarandos, chefe de Conteúdo da Netflix, durante sua apresentação na Rio2C, na quarta (24) - Divulgação/Rio2C

Ted Sarandos, chefe de Conteúdo da Netflix, durante sua apresentação na Rio2C, na quarta (24)

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

Publicado em 26/4/2019 - 5h32

Líder absoluta no mercado de streaming, a Netflix se prepara para enfrentar a competição das gigantes Apple e Disney, que lançam seus serviços ainda neste ano. Para encarar as novidades, a plataforma decidiu se inspirar em uma de suas estrelas, a guru da arrumação Marie Kondo, que comanda o reality Ordem na Casa, lançado em janeiro.

A japonesa faz sucesso mundial com a pergunta "Does it spark joy?", traduzida no Brasil como "Isso me traz alegria?". O método é simples: se um objeto acumulado em sua casa lhe traz alegria, pode ser mantido; do contrário, é jogado fora.

É exatamente essa a mentalidade da Netflix diante dos novos concorrentes. "Nós focamos nossa energia em ser algo que traz alegria. Pegamos esse mantra da Marie Kondo", brincou Ted Sarandos, chefe de Conteúdo da plataforma, durante sua apresentação na Rio2C, maior evento do audiovisual brasileiro.

"Como trazer alegria para nossos clientes? Nós nos certificamos de que as histórias que eles amam estejam na Netflix. Se você também gosta dos desenhos da Disney, pode assinar o streaming deles também, como preferir. Mas nunca cancele a Netflix, porque aquela série que você ama, os filmes que você gosta, estão lá. Nós estamos investindo nosso esforço para termos certeza disso", continuou Sarandos.

Encarar grandes competidores não é algo que tira o sono do executivo. "Eu viajo bastante pelo mundo e tenho dormido muito bem, obrigado (risos). Mas é que nós sempre tivemos competição. No Brasil, tem a Globo. Nos Estados Unidos, a Comcast [conglomerado que inclui a NBCUniversal]. Disputamos espaço com todos esses conglomerados de mídia, em qualquer lugar do mundo", minimizou.

divulgação/netflix

Marie Kondo (de blusa branca) verifica se roupas trazem alegria em cena de Ordem na Casa

O chefão ainda deu uma cutucada na Disney, na Apple e na Warner (que também prepara seu serviço de streaming). "Nós acreditamos desde o começo que essa seria nova a maneira de consumir conteúdo, e que outras companhias se juntariam a nós nesse jogo. Fico até surpreso que elas tenham demorado tanto", provocou ele.

"Mas agora que elas estão entrando, acho que vai ser melhor para os consumidores, e vai tornar a Netflix uma empresa melhor também. Acho a competição algo extremamente natural e muito positivo", finalizou.

O discurso de Sarandos vai ao encontro de algo que a própria plataforma já havia declarado aos seus acionistas em um comunicado com o balanço do primeiro trimestre. Na reunião, que ocorreu no dia 16, a plataforma minimizou a concorrência.

"As companhias são marcas de primeira classe, e estamos animados para competir. Os grandes vencedores serão os criadores e os consumidores, que vão colher os frutos de terem várias companhias lutando para oferecer uma experiência excelente para o público", começava a companhia na carta para os acionistas.

"Não imaginamos que esses novos participantes vão afetar nosso crescimento, porque a transição da TV linear para o video on demand é imensa, e porque oferecemos um conteúdo de natureza diferente. Achamos que há uma procura grande por TV e filmes de qualidade, e a Netflix só satisfaz uma pequena fatia disso. Por isso, defendemos que há espaço para todos, e podemos crescer ainda mais."

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