Série Julie e os Fantasmas ganha remake gringo na Netflix e vira case de sucesso

A série infantojuvenil Julie e os Fantasmas (2011-2012) virou um case de sucesso do audiovisual independente brasileiro. Seus direitos foram vendidos para a Netflix, que começará a gravar um remake gringo da atração em 17 de setembro, no Canadá. A exportação de formatos brasileiros é rara, e a trajetória de Julie é vista pelo mercado como vitoriosa para seus criadores e roteiristas, que negociaram todo um projeto (com a chamada "bíblia", contendo os episódios desenvolvidos) para um player americano.

Viabilizada pelo FSA (Fundo Setorial do Audiovisual, um fundo com recursos públicos) e pelo artigo 39, ambos investimentos sob supervisão da Ancine (Agência Nacional de Cinema), a atração foi uma parceria entre três empresas: a produtora independente Mixer Films (detentora do formato) e as redes de TV Band (aberta) e Nickelodeon (paga), que a exibiram com 26 episódios. A Nick mostrou a série em seus canais na América Latina.

Os roteiros desenvolvidos no Brasil estão sendo adaptados pela produtora de Kenny Ortega, que tem no currículo filmes e séries como Rocky Horror Show (2016), a trilogia High School Musical (2006-2008) e Gilmore Girls (2000-2007).

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Dan Cross e David Hoge (de The Thundermans e Pair of Kings) serão os showrunners, e os brasileiros Hugo Janeba and João Daniel Tikhomiroff, da Mixer, constam nos créditos com o título de produtores-executivos.

A produção brasileira já foi exibida em mais de 40 países, indicada ao Emmy Kids Awards 2012 e ganhou o Troféu APCA como Melhor Série Infantil/Infantojuvenil do Ano.