NOVA TEMPORADA
Divulgação/Discovery Home & Health
Drew (à esq.) e Jonathan Scott, astros do reality Irmãos à Obra: nova temporada nesta quinta (22)
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 22/8/2019 - 5h35
Astros de um dos reality shows mais vistos da TV paga, os gêmeos Drew e Jonathan Scott tiveram que encarar de frente a rejeição e persistir em seus sonhos para enfim se transformarem nos líderes de um império milionário. É que o programa Irmãos à Obra, cuja oitava temporada começa nesta quinta-feira (22), às 20h35, no Discovery Home & Health, foi recusado por dois canais diferentes antes de virar um fenômeno mundial.
Na atração, os irmãos ajudam os participantes a encontrarem sua casa ideal, comprá-la por um preço camarada e, depois, reformá-la para que vire a residência dos sonhos. Atualmente, renovam cerca de 45 casas por ano para a TV.
"Muitas pessoas não sabem disso, mas lá no início os canais rejeitaram a ideia da série. Duas TVs do Canadá não quiseram produzir, até que um terceiro aceitou. Nós ainda nos beliscamos às vezes para acreditar que tudo isso que conquistamos é de verdade", conta ao Notícias da TV o divertido Drew Scott, que fica responsável pela parte "corretor de imóveis" do programa.
"Os canais achavam que dois irmãos não funcionariam, queriam um casal, marido e mulher. O Drew até que é um pouco afeminado, mas... (risos)", provoca Jonathan, que cuida da demolição e reforma das casas escolhidas pelo irmão.
Depois de duas rejeições na TV canadense, inclusive pelo HGTV (gigante da decoração que exibe o reality atualmente), os irmãos foram acolhidos pelo Women's Network, um canal menor. "Em três meses, já éramos o programa mais visto do Women's. E aí os outros canais vieram correndo atrás", lembra Jonathan.
O próprio HGTV comprou os direitos de exibição do Irmãos à Obra (em inglês, Property Brothers) para os Estados Unidos. De lá, o grupo Discovery bancou a distribuição para outros países, inclusive o Brasil. O sucesso foi tamanho que, em 2017, o HGTV do Canadá "roubou" a atração do canal que a havia bancado antes.
Com o público e canais maiores ao seu lado, os irmãos Scott não pararam mais. O programa já ganhou derivados, como uma competição em que os irmãos se enfrentam e cada um precisa reformar e vender uma casa diferente. Eles também têm canal no YouTube, lançam livros e produtos licenciados com sua marca. Atualmente, têm uma fortuna estimada em US$ 20 milhões (R$ 80,6 milhões).
Os dois explicam que o sucesso é fruto de muito trabalho. "No nosso primeiro trabalho, já tínhamos criado um negócio próprio. Aos sete anos, começamos a fazer cabides decorativos, trançávamos nylon no arame, fazíamos enfeites e vendíamos de porta em porta. Aí achamos uma mulher que tinha uma cadeia de lojas no Japão e comprou milhares. Então, aos sete anos, já éramos internacionais", se gaba Drew.
Eles nunca mais pararam de trabalhar. Lavaram o carro dos pais em troca de dinheiro, limparam cocô dos cavalos na fazenda da família, fizeram de tudo um pouco. "Palhaços, seguranças de shopping, comissários de bordo", lista Jonathan.
Aos 18 anos, entraram no mercado de "flipping", uma prática cada vez mais comum entre norte-americanos: a pessoa compra uma casa com defeitos, a preços baixos, faz a reforma por conta própria e a renegocia por um valor bem mais alto. "Depois que renovamos a propriedade, vendemos com um lucro de US$ 50 mil (R$ 201 mil). Foi aí que percebemos que isso poderia ser um negócio", conta Jonathan.
Algumas coisas, porém, eles não topam fazer nem por muito dinheiro. Com o programa já fazendo sucesso, receberam uma proposta de um príncipe de Dubai para reformarem o palácio dele por US$ 100 milhões (R$ 403 milhões). Negaram. "Teríamos que ficar um ano e dois meses lá, direto. Não dava, precisamos fazer novos episódios de Irmãos à Obra para os fãs brasileiros", brinca Jonathan.
Por falar em novos episódios, o que eles podem adiantar sobre a temporada que estreia nesta quinta? "Eu vou começar a trabalhar mais na parte de construção", fala Drew. "Já era hora", completa o irmão, sem perder a piada. "É que eu não gosto de me sujar, então preferi usar terno e trabalhar como corretor", retruca o primeiro.
A dupla ainda prepara uma nova atração, para o ano que vem, que envolverá famosos e reformas de casa. "Ainda não podemos falar muito sobre esse novo projeto, mas terá celebridades e vai ser bem divertido", provoca Drew.
E o império dos irmãos Scott continua a crescer. No ano passado, eles compraram a propriedade intelectual Property Brothers da produtora canadense Cineflix, que havia ajudado na concepção da série. Com isso, se tornaram donos da própria marca e passaram a lucrar com cada centavo de seus trabalhos. Uma virada e tanto para os dois gêmeos rejeitados pela TV canadense há menos de uma década.
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