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MUNDIAL DE 2030

Em meio a demissões, Globo abre mão até da Copa do Mundo para enxugar gastos

DIVULGAÇÃO/CBF

Vinicius Jr na Globo

Vinícius Jr. pela Seleção Brasileira: Globo abre mão da Copa do Mundo para pagar menos à FIfa

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 23/4/2023 - 9h00

A Globo abriu mão da Copa do Mundo de 2030 durante as renegociações do contrato que tinha com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) no ano passado. A emissora optou por ficar apenas com o Mundial de 2026 e comprar 32 dos 64 jogos da Copa feminina, que começa em julho na Austrália e na Nova Zelândia. Com a medida, reduziu em mais de 50% o valor que pagaria à entidade. 

Ao Notícias da TV, a Fifa confirmou os termos da renegociação. Ela aconteceu no ano passado, quando a Globo e a entidade se acertaram em relação ao acordo que a TV havia quebrado durante a pandemia. Em 2013, a emissora havia feito um contrato de longo prazo para assegurar as Copas até 2030.

A Fifa havia vendido esse pacote longo não só para o mercado brasileiro, mas também para outras partes da América Latina. Ainda em crise por causa da pandemia de coronavírus, a Globo acertou os direitos de 2026, mas abriu mão de 2030. Vai deixar para adquirir ou negociar o Mundial de cem anos apenas mais para a frente.

A Globo também abriu mão da exclusividade digital, o que fez o streamer Casimiro Miguel exibir a Copa de 2022 no Catar. Outro ponto é que a emissora preferiu comprar apenas metade das partidas do Mundial feminino, que será atração em TV aberta e no SporTV a partir de julho. Das 64 partidas, apenas 32 serão exibidas. O streaming Fifa+ deve mostrar o evento na íntegra. 

A intenção da Globo é reduzir o valor do contrato. Até então, ela pagava US$ 90 milhões (R$ 484 milhões na cotação atual). Fontes ouvidas pela coluna afirmam que o valor atual é 55,5%, na casa dos US$ 40 milhões (R$ 215 milhões) por ano. A Globo continua com os direitos de torneios de base da Fifa, como o Mundial Sub-20, por exemplo. 

Na Copa de 2026, a Globo será a principal parceira de mídia da Fifa no Brasil, mas a entidade está livre para negociar diretamente com qualquer outra empresa que deseja transmitir os jogos, já que a emissora carioca também abriu mão da exclusividade nas principais mídias.

Outra mudança no acordo é que a líder de audiência não é mais obrigada a mostrar todas as partidas do torneio. Até porque, na próxima edição, a Copa terá 48 seleções e 104 jogos. Se a Globo decidir transmitir todos, será por uma decisão editorial, não estipulada em contrato. 

Agora, uma empresa de TV aberta ou TV paga que quiser exibir as partidas da Copa não precisará negociar com a Globo --que tinha o direito de barrar a concorrência--; o negócio passa a ser diretamente com a Fifa. Isso pode facilitar uma volta da Band, que não transmite a Copa desde 2014, ou da Disney, que comprou direitos dos melhores momentos, mas não mostra jogos ao vivo na ESPN ou Star+ desde o Mundial no Brasil. 

Procurada pela coluna desde a última terça (18), a Globo não se pronunciou sobre a negociação com a Fifa. Caso o faça, a reportagem será atualizada. 


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