LAÇOS
Fotos: Divulgação/Serendipity Inc.
Giulia Benite (Mônica), Laura Rauseo (Magali), Kevin Vechiatto (Cebolinha) e Gabriel Moreira (Cascão) em Laços
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 27/6/2019 - 5h15
Depois de 60 anos nas páginas dos jornais e dos gibis, a Turma da Mônica chega ao cinema em live action (com atores de carne e osso) pela primeira vez nesta quinta-feira (27), quando estreia o longa Laços. Voltado para o público infantil, mas sem esquecer os adultos que cresceram lendo os quadrinhos da "dentuça", o filme traz uma história bobinha, digna de Sessão da Tarde, mas que vai prender o público pela nostalgia.
A trama central gira em torno do desaparecimento de Floquinho, o cachorro verde do Cebolinha (Kevin Vechiatto). Desesperado com o sumiço de seu bichinho, o menino que fala errado perde até a vontade de sair da cama, e só ganha novo fôlego quando a turminha decide bolar um plano infalível para recuperar o cãozinho.
Em busca de pistas sobre um tal Homem do Saco que teria roubado o animal, Mônica (Giulia Benite), Cebolinha, Cascão (Gabriel Moreira) e Magali (Laura Rauseo) se metem em uma aventura que os leva até uma floresta misteriosa. É o cenário ideal para o quarteto provar que sua amizade é capaz de superar qualquer obstáculo.
Mas os fãs dos quadrinhos vão se deliciar mesmo com as referências espalhadas ao longo do filme. Desde personagens mais populares, como Jeremias, Titi, Maria Cascuda e Xaveco, até as pouco conhecidas gêmeas Cremilda e Clotilde, Laços insere pequenos presentes visuais para quem acompanha as historinhas --mas que em nada prejudicam a compreensão por quem não é tão fã assim.
Duas aparições que não passarão batidas pelo público são a de Mauricio de Sousa, que faz uma ponta como o dono da banca de revistas do bairro do Limoeiro, e a de Rodrigo Santoro, irreconhecível como o personagem Louco.
Rodrigo Santoro caracterizado como Louco: personagem segue clima surreal das HQs
Santoro como Louco
Com carreira em Hollywood, o ator de Westworld desconstrói o rótulo de galã em uma participação que dura poucos minutos, mas chama a atenção por ser completamente surreal --exatamente como o personagem nos quadrinhos.
O clima de homenagem aos gibis não acontece por acaso: o diretor Daniel Rezende (indicado ao Oscar por Cidade de Deus) assumiu ser fã da Turma da Mônica quando criança. "Eu lia os gibis e já imaginava filminhos de cada história", contou.
E público não falta para prestigiar a primeira incursão live action de Mônica. Como ressaltou Laura Rauseo, a Magali, desde sua avó até seu irmão mais novo conhecem a turminha, tanto nos quadrinhos ou nos desenhos animados.
Se o filme fizer sucesso, pode dar um pontapé em um Universo Cinematográfico da Turma da Mônica, na linha dos super-heróis da Marvel. É que a graphic novel Laços, lançada por Vitor e Lu Cafaggi em 2013, faz parte de uma trilogia que também inclui Lições (2015) e Lembranças (2017).
"Tomamos gosto pelo cinema. Eu tinha lá minhas dúvidas sobre fazer cinema com atores de carne e osso, porque não sabia se encontraríamos os atores certos. Até que encontramos esses. Eles são a Turma da Mônica", elogiou Mauricio de Sousa.
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