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CORAJOSAS

Pilar não é a única: Cinco filmes com mulheres que lutam pelo direito de estudar

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Gabriela Medvedovski usa um vestido amarelo e está com expressão séria em cena como Pilar de Nos Tempos do Imperador

Pilar (Gabriela Medvedovski) na cena em que tenta entrar na faculdade em Nos Tempos do Imperador

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 14/8/2021 - 6h25

Pilar (Gabriela Medvedovski) chamou a atenção do público na primeira semana de Nos Tempos do Imperador. Determinada a se tornar a primeira médica do Brasil, a mocinha fugiu de casa e foi até Salvador para tentar entrar na faculdade. Histórias de mulheres pioneiras que enfrentaram a sociedade e lutaram pelo direito de estudar também são contadas em produções do cinema e streaming.

Na novela das seis da Globo, os professores da instituição zombaram da jovem por não aceitarem a ideia de uma mulher ter uma profissão que era exercida apenas por homens --e brancos.

Mesmo tendo acertado todas as questões da prova, ela foi impedida de cursar Medicina pelo pai, Eudoro (José Dumont), que quer que ela se case com o vilão Tonico (Alexandre Nero). Mas a mocinha não desistiu e fugiu de novo, dessa vez para o Rio de Janeiro, onde tentará realizar seu sonho.

No entanto, Pilar não está sozinha na busca pelos direitos das mulheres na ficção. Há histórias semelhantes em algumas produções do cinema e streaming. Confira cinco filmes com protagonistas corajosas e que batalharam para estudar:

Mulheres ao Poder (2020)

Disponível no streaming do Telecine, Mulheres ao Poder é baseado em uma história real e exalta a revolução promovida pelo Movimento de Libertação das Mulheres, que protestou no concurso Miss Mundo em 1970. A trama mostra também a vida de Sally Alexander (Keira Knightley), uma mulher divorciada e mãe de uma menina.

Sally começa a história tentando uma vaga para estudar na faculdade de História. Assim que ela chega para a entrevista da instituição, suas características físicas é que são mais notadas pelos homens que a sabatinarão --eles, inclusive, chegam a dar notas para a beleza da candidata.

Os responsáveis pela seleção ainda fazem de tudo para menosprezar os conhecimentos da jovem e apontam que ela não dará conta dos estudos por ter uma filha. Mesmo desacreditada, a protagonista consegue entrar na universidade. No entanto, ela segue enfrentando o machismo durante o curso.

Cidade de Gelo (2020)

O filme russo disponível na Netflix conta a história de Alice (Sonya Priss), filha de um oficial de alto escalão. A jovem se sente prisioneira em sua mansão e sonha em estudar Ciências, o que vai contra as opiniões conservadoras do pai sobre o papel da mulher na sociedade na época. Ela, então, é obrigada a ter aulas de etiqueta e se dedicar a assuntos mais "femininos".

Mas Alice acredita que pode reverter a situação ao conhecer Matvey (Fedor Fedotov), um jovem que pertence a uma gangue de batedores de carteira. A mocinha pede a ajuda do ladrão e faz com que ele finja ser seu marido para que possa se inscrever na faculdade. Na época, as mulheres só poderiam estudar com a autorização de um homem.

Estrelas Além do Tempo (2017)

Inspirado em uma história real, o filme se passa em 1961, durante a Guerra Fria (1947-1991), quando Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial entre brancos e negros.

Tal situação é vista também na Nasa, na qual um grupo de funcionárias negras é obrigado a trabalhar de maneira segregada. É nesse departamento que estão as amigas Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), que precisam lidar com o preconceito arraigado e provar sua competência dia após dia.

Mais nova do trio, Mary consegue a oportunidade de disputar uma vaga melhor na agência espacial. No entanto, para se candidatar, ela precisa se formar em uma escola superior destinada apenas a homens brancos. Destemida, entra na Justiça e consegue uma autorização para frequentar a instituição, onde também sofre preconceito por ser mulher e negra. O longa está disponível no streaming do Telecine.

O Sorriso de Mona Lisa (2003)

Recém-graduada como professora em 1953, Katharine Watson (Julia Roberts) consegue emprego para lecionar História da Arte no conceituado Wellesley, colégio destinado só para o ensino de mulheres.

Incomodada com os valores ultrapassados da sociedade e da própria instituição em que trabalha, a protagonista decide lutar contra as normas. Determinada, Katherine inspira suas alunas tradicionais a mudarem a vida das pessoas como futuras líderes que serão. O filme pode ser alugado no YouTube Movies

Malala (2015)

O documentário narra a história da Malala Yousafzai. Nascida no Paquistão, onde as meninas eram obrigadas a se casar cedo, ela escapou desse destino graças à família, que sempre apoiou sua vontade de estudar. A adolescente ficou conhecida por defender em entrevistas e palestras o direito das mulheres à educação. Por isso, ela passou a receber ameaças de morte do Talibã.

Em 2012, com 15 anos, Malala foi vítima de um ataque terrorista no qual seu ônibus escolar foi parado por membros do Talibã. Ela levou três tiros na cabeça, mas sobreviveu. Após se recuperar, não recuou de suas convicções e se tornou porta-voz da causa pelo direito à educação. Mudou-se para Birmingham, na Inglaterra, onde vive exilada. Ela ainda virou a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz.


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