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ESCOLA DE QUEBRADA

Pathy Dejesus revive bullying na infância em filme: 'Tinha que sobreviver'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Pathy Dejesus em foto publicada no Instagram

Pathy Dejesus participa de Escola de Quebrada; atriz relembrou do bullying na juventude

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 12/3/2023 - 8h35

Participar de Escola de Quebrada se tornou uma tarefa nostálgica para Pathy Dejesus. O filme, que retrata as turbulências de estudantes do ensino médio, fez a atriz retornar para a sua juventude na periferia de São Paulo. Na ocasião, o bullying escolar fazia parte do cotidiano da artista. "Tinha que sobreviver", relata.

No longa-metragem, Pathy interpreta a mãe superprotetora de Luan (Mauricio Sasi), um jovem que luta para se encaixar entre os estudantes de sua escola. Durante um evento que contou com a participação do Notícias da TV, a atriz detalha como suas vivências conversam com o enredo do filme. "Tive muitos flashbacks", conta.

"Eu fui de uma escola de quebrada, eu sou da quebrada, e agora estou participando de um outro olhar, de um outro prisma", explica. "Não tem como não lembrar do bullying na escola".

No período em que era estudante, as discussões sobre preconceito, saúde mental e o combate a discursos de ódio ainda não eram bem desenvolvidas pela sociedade. "Na minha época nem nome tinha, essa nomenclatura de bullying. A gente sofria uma retaliação e nem sabíamos o que era. Só que tinha que sobreviver àquilo".

Mãe de Rakim, de três anos, Pathy revela que assistir às cenas de agressão verbal contra os estudantes se tornou uma espécie de gatilho. A partir da perspectiva materna, a atriz relata que a produção reforçou seu instinto protetor. "Gatilho de pensar no meu filho na mesma situação em que o Luan", relata.

Em uma das cenas da produção, Luan se torna alvo de piadas e ameaças após pisar no tênis de um dos garotos populares --descritos como "mil grau" pelos personagens. Sem saber o que fazer, o protagonista considera pedir ajuda da mãe para se defender. "Vou proteger meu filho com unhas e dentes na escola. Não tive como não fazer de outra forma. Meu filho ninguém mexe, caramba", brinca a artista.

"Foi muito maravilhoso. Esse olhar da mãe que quer proteger o filho de todo e qualquer problema, assédio, racismo, que seja. Pisou no tênis? Eu vou resolver. Ninguém vai encostar no meu filho, vocês estão pensando o quê?", complementa.

Diversidade

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT+

Bea Oliveira, à esquerda, Mauricio Sasi, ao centro, e Lucas Righi, à direita

Bea Oliveira, Mauricio Sasi e Lucas Righi

Escola de Quebrada acompanha Luan, um estudante de escola pública da zona leste de São Paulo que deseja ser popular e chamar a atenção de Camila (Laura Castro). Para conquistar seus objetivos, o jovem conta com o apoio dos amigos Rayane (Bea Oliveira) e David (Lucas Righi).

Produzido pelo Paramount+ e pelo Kondzilla, o filme surpreende positivamente ao retratar a periferia de São Paulo sem se basear em estereótipos. O elenco pontua que a reprodução não violenta do cotidiano da região ajuda a combater preconceitos. "É um filme de quebrada sem uma gota de sangue derramada", descreve Laura, atriz e ex-participante do The Voice Kids.

Sasi e Bea foram criados na zona leste paulistana. Ao trazer profissionais que realmente nasceram na periferia, a construção do filme adota uma perspectiva fiel à realidade. "É uma forma de não capitalizar totalmente as nossas vivências, da nossa arte, nossa estética e a nossa moda", argumenta o intérprete de Luan.

"A gente vê pessoas usando várias roupas que são mostradas no filme e não têm aquela vivência. Não é 100% um problema, mas é importante você entender que aquilo vem de um determinado lugar, passa uma determinada história", continua Sasi.

"Eu acho que tem um pouco de as pessoas quererem se apropriar do que acontece na quebrada para pagar de hype [algo que está na moda]", complementa Bea.

O filme também não teve essa parada da violência, do sangue, da dor e do desespero que a gente sempre vê. A quebrada é, sim, um lugar violento, mas não é só isso. A gente tem muita cultura e muita riqueza dentro desse espaço. Temos artistas incríveis.

A atriz conta que o teor leve da produção se tornou um conforto. Ao mostrar um lado descontraído da periferia e não se aproximar da abordagem violenta retratada na mídia, Bea espera se tornar uma inspiração para outras meninas negras.

Escola de Quebrada está disponível no Paramount+. Assista ao trailer:


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