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QUADRINHOS

Filmes e séries de super-heróis vão saturar, mas isso será bom para o mercado

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Cena dos super-heróis de O Legado de Júpiter, nova série da Netflix

Super-heróis estrelam O Legado de Júpiter, série da Netflix baseada em HQ que estreou nesta sexta (7)

VICTOR CIERRO

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 7/5/2021 - 6h55

Desde o começo dos anos 2000, as adaptações de histórias em quadrinhos para filmes e séries ficaram cada vez mais comuns, a ponto de dominarem o mercado audiovisual atual. Nos últimos anos, as tramas de super-heróis só aumentaram e saíram do domínio da DC e da Marvel --The Boys, Invincible e O Legado de Júpiter, que chega à Netflix nesta sexta (7), são exemplos disso. Essa tendência pode ficar saturada em breve. Mas isso não é algo necessariamente ruim.

Por causa do vasto universo das histórias de heróis, as tramas são infinitas e, ainda melhor, já estão basicamente prontas. O quadrinista, ilustrador e professor Marcel Bartholo explica que as produtoras acharam uma mina de ouro nos quadrinhos: "Tem roteiro, concepções visuais, narrativa, design de personagem e público. Então, você já tem um pacote enorme de valor dentro da obra".

Bartholo diz que as adaptações de HQs não vão parar tão cedo, mas faz uma ressalva: "Eu acho que a parte de super-heróis pode ter uma saturação, sim, já estão tentando fazer uma reinvenção dos personagens nessas últimas adaptações".

Ele encara a saturação dos heróis como algo bom para o mercado dos quadrinhos e do audiovisual, pois deve levar público e executivos a procurarem histórias diferentes para leitura ou adaptações.

"A própria DC tem Sweet Tooth, que vai ser lançada pela Netflix. É uma história bem diferente. Também tem o Y - O Último Homem, uma série que saiu do selo Vertigo e vai virar série de TV. E são tramas que funcionam para todo mundo, não são de super-heróis e têm tudo para dar certo", sinaliza.

As HQs não se resumem a heróis, têm todo tipo de história que podem ser exploradas pelo cinema e pela TV. "Eu espero que isso expanda e que se valorize a mídia de quadrinhos por si só, como uma coisa própria, algo que o audiovisual pode aproveitar, contribuir e readaptar", finaliza o professor.

Assista abaixo ao trailer legendado de O Legado de Júpiter:


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