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MEDO DE CENSURA

Em filme da Globo, Hebe Camargo diz que jamais trabalharia na emissora

Divulgação/Warner Bros.

Felipe Rocha (Roberto Carlos) e Andréa Beltrão (Hebe Camargo) em cena do filme Hebe | Ela segura microfone do SBT

Hebe (Andréa Beltrão), no SBT, conversa com Roberto Carlos (Felipe Rocha) em cena do novo filme

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 18/9/2019 - 5h23

O filme Hebe, A Estrela do Brasil, que chega aos cinemas no dia 26, mostrará um lado desconhecido de Hebe Camargo (1929-2012), mas também revelará algumas curiosidades sobre a apresentadora. Em uma das cenas, a "gracinha" diz que jamais trabalharia na Globo porque tinha medo de ser censurada pela emissora líder de audiência. Curiosamente, o longa tem a Globo Filmes entre suas produtoras e vai virar minissérie na Globo em 2020.

Na sequência que fala sobre a emissora, Hebe (Andréa Beltrão) havia acabado de pedir demissão da Bandeirantes por estar sofrendo pressão para parar de criticar políticos. Censurada por Walter Clark (Danilo Grangheia) e sem vontade de gravar seu programa previamente, ela jogou o microfone no chão durante a última edição ao vivo e anunciou que não voltaria mais para aquele estúdio.

Sem saber o que faria da vida, mas feliz por estar se libertando das amarras de Clark (1936-1997), a apresentadora sai para festejar com as amigas Lolita Rodrigues (Karine Teles) e Nair Bello (Cláudia Missura), enche a cara e canta Roberto Carlos no bar. Depois, as três comentam que ela já recebeu convites da Record e do SBT.

Nair, então, diz que a amiga deveria trabalhar na Globo, e Lolita concorda. Hebe, porém, se mostra menos empolgada com a ideia. Diz que na Globo "seria encaixotada", colocada dentro de um padrão. "Eu nunca ia poder ser eu mesma na Globo", discursa ela, em argumento prontamente rejeitado pelas duas. "E eu não ia poder beber na TV", continua Hebe --aí sim Nair e Lolita concordam com ela.

De fato, Hebe jamais foi contratada pela emissora de Roberto Marinho (1904-2003). Ela estreou na Tupi e passou por Record, Bandeirantes, SBT e RedeTV!. Em 2012, chegou a ser recontratada por Silvio Santos, mas morreu dois dias depois.

À frente de seu tempo

Hebe surge no filme como uma personagem polêmica, que desafia as ordens de seus superiores na Bandeirantes e no SBT e que bate de frente com políticos. Em um momento marcante (e que repete um discurso real feito na televisão), ela diz: "Até quando a gente vai aceitar tanta injustiça? A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda, a Hebe é direta".

O longa também dá destaque à Hebe mulher e mãe, que deixava de ser diva no palco e sofria dentro de casa, tanto com o primeiro marido, Décio Capuano (Gabriel Braga Nunes), quanto com o segundo, Lélio Ravagnani (Marco Ricca).

O elenco de Hebe, a Estrela do Brasil conta ainda com Danton Mello (Claudio Pessutti, sobrinho da apresentadora), Caio Horowicz (Marcello, o filho), Daniel Boaventura (Silvio Santos) e Stella Miranda (Dercy Gonçalves), Felipe Rocha (Roberto Carlos) e Otávio Augusto (Chacrinha). A direção é de Maurício Farias.

Confira o trailer do longa:

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