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CRÍTICA

Dungeons & Dragons honra franquia e é um dos filmes mais divertidos de 2023

Divulgação/Paramount Pictures

Sophia Lillis, Justice Smith e Chris Pine em cena de Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

Sophia Lillis, Justice Smith e Chris Pine em cena de Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 13/4/2023 - 6h30

Jogo de RPG mais popular da história, Dungeons & Dragons (ou D&D para os fãs) nunca conseguiu reproduzir nas telonas o sucesso dos tabuleiros. Com uma mitologia extensa, o game influenciou diversas obras literárias e audiovisuais que se tornaram tão famosas quanto a original, mas uma adaptação direta simplesmente não conseguia traduzir o que milhões de pessoas tanto amavam ao jogá-lo com os amigos. Até agora.

Principal estreia nos cinemas do Brasil desta quinta-feira (13), Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes (2023) excede todas as expectativas de quem revirou os olhos quando o longa recebeu luz verde há alguns anos. Com uma aventura envolvente e muito humor, o projeto mostra que a dupla de diretores Jonathan Goldstein e John Francis Daley entendeu muito bem tudo o que fez o jogo original se tornar um fenômeno.

A descrença de grande parte do público era compreensível. A franquia ganhou a sua primeira tentativa de adaptação em live-action com o infame Dungeons & Dragons: A Aventura Começa Agora (2000), protagonizado por Jeremy Irons (Watchmen) e Marlon Wayans (Air) e que deveria ter iniciado uma sequência de filmes para o cinema, mas amargou um fracasso retumbante e foi escanteado para que fosse, se possível, esquecido para sempre.

Dungeons & Dragons também já foi adaptado para a TV. O desenho Caverna do Dragão (1983-1985), que fez muito sucesso no Brasil entre os anos 1980 e 1990, era baseado no jogo de RPG. Nos Estados Unidos, no entanto, a animação não foi bem recebida e durou apenas uma temporada de 27 episódios, sem nunca ter sido produzido um encerramento oficial --por mais que várias teorias da conspiração sobre o episódio final existam por aí.

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT PICTURES

Regé-Jean Page e Chris Pine

Sem grandes referências no audiovisual, a franquia tem em Honra Entre Rebeldes a sua estreia de gala no cinema. Como o plano da Paramount Pictures é iniciar uma saga nos mesmos moldes de Harry Potter, o sucesso do longa, que coleciona elogios de público e crítica, finalmente pode dar à obra original o tratamento que sempre mereceu.

A qualidade de Honra Entre Rebeldes é justificada de diversas maneiras. Da qualidade do elenco estelar, formado por nomes como Chris Pine (Star Trek), Michelle Rodriguez (Velozes & Furiosos), Regé-Jean Page (Bridgerton), Justice Smith (Detetive Pikachu), Sophia Lillis (It: A Coisa) e Hugh Grant (The Undoing), ao roteiro que se assemelha a uma campanha do jogo de tabuleiros, com fases e missões diferentes, o espírito de Dungeons & Dragons transcende em cada detalhe do longa.

A trama começa com o bardo Edgin Darvis (Pine), cujo passado é detalhado em um hilário depoimento logo no início do longa. Ele vive uma vida à la Robin Hood com a bárbara Holga Kilgore (Michelle Rodriguez), e ambos escapam da prisão para irem em busca de Kira (Chloe Coleman), filha de Darvis.

Eles rastreiam o paradeiro de Kira até Forge (Grant), ex-parceiro de golpes da dupla e que se tornou o mandachuva de um povoado. O encontro entre eles dá início a uma jornada épica envolvendo paladinos, elfos, dragões, magos e outras criaturas mágicas que habitam a longa enciclopédia de Dungeons & Dragons.

DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT PICTURES

Hugh Grant é vilão no filme

Com tempo o bastante para que todos os atores tenham o seu momento de brilho --inclusive os que protagonizam participações muito especiais--, Honra Entre Rebeldes é um caso de elenco escolhido a dedo. Pine brilha em um personagem fora de seu padrão, trocando o herói clássico pelo andarilho engraçado e um tanto covarde que entrega alguns dos melhores momentos cômicos do filme. Page, que virou estrela ao viver o duque gato de Bridgerton, assume a persona de um soldado sem qualquer tato social e cuja "nobreza" o faz mais parecido com um palhaço do que qualquer outro adjetivo positivo.

Até mesmo Hugh Grant, que saiu da zona de conforto de suas comédias românticas para se aventurar em uma fantasia "boba", como ele muitas vezes descreveu o filme em papos com jornalistas, entrega uma atuação digna de aplausos dentro dos vários absurdos que compõem a trama. Um vilão caricato, mas que certamente cairá no gosto do público.

Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes é o pontapé quase perfeito para uma marca que há muito carece de uma adaptação elogiável. Caso entregue a bilheteria esperada pela Paramount, será o início de uma franquia que tem tudo para trilhar um caminho de sucesso em um mundo dominado por filmes de heróis e Star Wars.

Assista ao trailer de Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes:


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