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O CÉU DA MEIA-NOITE

Com negacionistas e ódio, George Clooney prevê o fim da humanidade

Fotos: Philippe Antonello/Netflix

Caoilinn Springall e George Clooney estão diante de um microfone em cena de O Céu da Meia-Noite

Caoilinn Springall é a companheira de George Clooney no apocalipse de O Céu da Meia-Noite

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 19/12/2020 - 6h50

No filme O Céu da Meia-Noite, que a Netflix estreia nesta quarta (23), uma catástrofe tornou a Terra um planeta hostil para a vida, e astronautas partem para o espaço em busca de um novo local habitável. George Clooney, que protagoniza e dirige o longa, acredita que o apocalipse da ficção não é tão irreal assim, e que o cenário de ódio atual e os negacionistas da ciência apenas pioram a situação da humanidade.

"Daqui a uns 30 anos, se continuarmos negando a ciência e com todo esse ódio à nossa volta, não acho impossível que nós estraguemos a Terra definitivamente", conta o galã de 59 anos ao Notícias da TV.

Baseado no livro Good Morning, Midnight, da autora Lily Brooks-Dalton, O Céu da Meia-Noite foi filmado entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Assim que os trabalhos foram encerrados, a pandemia forçou Hollywood a parar por completo.

"Se eu tivesse de regravar uma cena que fosse, não teria como", admite Clooney. "Por sorte, fui editando tudo durante as filmagens, então já sabia que não precisaria refazer nada."

Apesar de não ter afetado as gravações, o novo coronavírus modificou a maneira com que o diretor encara sua nova obra. "Quando comecei a discutir o filme com a Netflix, era sobre o que o homem está fazendo com a própria humanidade. Depois da pandemia, ficou claro para mim que a história, na verdade, é sobre a necessidade que temos de estar com as pessoas que amamos, no nosso lar", define o ator e cineasta.

Clooney dirige David Oyelowo e Tiffany Boone

Meio Regresso, meio Gravidade

O Céu da Meia-Noite se divide em duas narrativas principais: a primeira mostra Augustine (Clooney) preso em uma estação no Ártico com uma garotinha que não fala, Iris (Caoilinn Springall); a segunda, no espaço, mostra a tripulação da nave Aether em sua jornada de volta à Terra após encontrar um corpo celeste que pode ser colonizado. O cientista corre contra o tempo para avisar os astronautas que não retornem, pois o planeta já entrou em colapso.

"São dois filmes em um, basicamente. Um é O Regresso [2015], o outro Gravidade [2013]. Eu e Caoilinn filmamos de outubro até dezembro na Islândia, e eu não vi o resto dos atores enquanto eles treinavam para as cenas com cabos [que simulam a falta de gravidade no espaço]. Nas festas de fim de ano a nave terminou de ser construída, e aí gravamos até fevereiro [as sequências com os astronautas]", lembra o diretor.

Ao mesmo tempo em que há uma urgência nas duas histórias, o filme ainda encontra espaço para abordar dramas pessoais, explorar as relações humanas com sutileza e até filosofar.

"O que eu gostei ao ler o roteiro é que existe um nível macro, sobre problemas imensos, perguntas existenciais, qual é o sentido da vida, por que estamos na Terra? Mas, ao mesmo tempo, era um drama íntimo sobre família e como forjar relacionamentos. O filme transitar entre o macro e o micro tão bem foi um dos motivos que me motivou a fazê-lo", justifica Felicity Jones, atriz indicada ao Oscar que vive a astronauta Sully.

"Além de tudo isso, O Céu da Meia-Noite ainda é um longa de ação, cheio de entretenimento. Mas é surpreendente o quanto ficou mais relevante com a pandemia. Porque as perguntas que o filme propõe são as mesmas que estamos nos fazendo agora. Achamos que era só entretenimento, virou um documentário", valoriza a atriz.

O elenco também conta com David Oyelowo (de Selma: Uma Luta pela Igualdade), Kyle Chandler (Friday Night Lights), Demián Bichir (indicado ao Oscar por Uma Vida Melhor), Tiffany Boone (Hunters) e Ethan Peck (o Spock de Star Trek: Discovery). Confira o trailer:


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