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EM VÉSPERA DE ATO

Armas na Mesa: Filme da Tela Quente peita política armamentista de Jair Bolsonaro

DIVULGAÇÃO/PARIS FILMES

Jessica Chastain como a personagem Elizabeth Sloane em cena do filme Armas na Mesa

Jessica Chastain em Armas na Mesa; filme sobre política armamentista vai passar na Tela Quente

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 6/9/2021 - 15h55

A Globo escalou o filme Armas na Mesa para a Tela Quente desta segunda-feira (6). Lançado em 2017 nos cinemas brasileiros, o longa ainda é inédito na TV aberta. E a escolha da emissora para esta semana tem uma coincidência: a líder de audiência decidiu exibir a obra que trata sobre acordos para facilitar a posse de armas um dia antes das manifestações a favor do governo Jair Bolsonaro, que defende a política armamentista.

Armas na Mesa não é baseado em personagens reais, mas trata de fatos comuns nos bastidores do poder. Na trama, Jessica Chastain interpreta Elizabeth Sloane. Ela trabalha na empresa Cole, Kravitz & Waterman e é reconhecida como uma das lobistas mais poderosas dos Estados Unidos.

A personagem usa de estratégias nada ortodoxas para conseguir atingir os seus objetivos. Até que um dia é abordada para apoiar a bancada mais poderosa do congresso norte-americano: os pró-armas.

A ideia dos políticos é que Sloane lidere uma campanha para convencer as mulheres sobre os benefícios do porte de armas. A tentativa de contratação acontece às vésperas de uma votação no Senado que visa reforçar os controles prévios sobre os compradores, e o público feminino é o mais resistente a esse tema.

No entanto, a personagem de Jessica Chastain não só recusa o trabalho como passa a trabalhar para o lado oposto. Por ser contrária ao armamento em massa, ela começa a atuar na tentativa de conseguir leis mais rígidas para o porte de armas. A reviravolta na carreira faz com que ela receba diversas ameaças pessoais e profissionais, em uma trama cercada de suspense.

Assista ao trailer:

Posse de arma no Brasil

Armas na Mesa será exibido poucas horas antes das manifestações marcadas para o feriado de 7 de setembro, em apoio aos discursos antidemocráticos de Jair Bolsonaro. No último dia 27, o presidente da República ironizou a alta no preço dos alimentos ao incentivar a compra de armas pela população.

"Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar."

O Instituto Sou da Paz, que atua em campanhas de desarmamento, "recomenda fortalecer a política de controle responsável sobre as armas de fogo no país, considerando os riscos não apenas do porte de armas em locais públicos, mas também os riscos da posse de armas dentro de casa".

"Entre as flexibilizações em vigor, há questões que aumentam o risco para as mulheres, como o espaçamento da repetição de testes psicológicos e da verificação de não estar respondendo a processos criminais de cinco para dez anos e o relaxamento das justificativas de necessidade", explicou Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.


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