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LIGHTYEAR

Após polêmica, Disney autoriza beijo gay em spin-off de Toy Story

REPRODUÇÃO/DISNEY

Hawthorne vestida com traje de astronauta e apontando o dedo

Em Lightyear (2022), Hawthorne (Uzo Aduba) é uma astronauta dentro de um relacionamento lésbico

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/3/2022 - 17h45

Após funcionários da Pixar denunciarem a proibição da discussão de temas relacionados à comunidade LGBTQ+ em filmes da produtora, a Disney retrocedeu e desistiu de cortar beijo gay em Lightyear (2022), previsto para estrear em junho deste ano. Spin-off de Toy Story, o filme contará a origem de Buzz Lightyear (Chris Evans) e terá como personagem Hawthorne (Uzo Aduba), astronauta em um relacionamento lésbico.

De acordo com a revista Variety, o namoro da personagem nunca foi uma questão para a Disney. No entanto, o beijo entre Hawthorne e sua parceira chegou a ser cortado da produção. Com as polêmicas envolvendo Bob Chapek, CEO da empresa, a demonstração de afeto foi reinserida no filme na última semana.

Apesar desse tipo de representatividade já ter aparecido em outras animações, como em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (2021), produzido pela Netflix, o beijo é uma questão inédita para a parceria entre a Pixar e a Disney. O longa Dois Irmãos (2020) chegou a contar com Specter, uma policial ciclope dentro de um relacionamento lésbico. No entanto, a menção ao cônjuge da personagem acontece em uma única e breve cena.

Ainda de acordo com a Variety, funcionários da Pixar têm tentado inserir personagens LGBTQ+ em suas produções por anos, seja em participações grandes ou menores. Mas a representação do grupo foi recusada até quando fazia parte apenas do plano de fundo. Fontes anônimas contaram que casais do mesmo sexo e figurinhas de arco-íris já foram removidos sob a justificativa de desconcentrarem demais.

A inclusão do beijo gay em Lightyear acontece após o envolvimento da Disney em uma campanha que visa encerrar a discussão de temáticas LGBTQ+ em escolas do Estado da Flórida, nos Estados Unidos. A doação de US$ 5 milhões (cerca de R$25 milhões, na cotação atual) ao projeto Don't Say Gay foi justificada como uma tentativa de convencer senadores a vetarem a lei.

"Eu realmente acredito que nós somos uma empresa infinitamente melhor e mais forte por causa da nossa comunidade LGBTQ+. Eu perdi a marca nesse caso, mas eu sou um aliado com quem vocês podem contar --e eu serei um defensor declarado das proteções, visibilidades e oportunidades que vocês merecem", afirmou Bob Chapek após as acusações.

Assista ao trailer de Lightyear:


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