O BRASIL TÁ VENDO
Reprodução/MTV
Barracos como o de Camilla Costa com Bárbara Morais chamam a atenção no De Férias com o Ex
REDAÇÃO
Publicado em 6/8/2020 - 7h00
A temporada deste ano do De Férias com o Ex chega ao fim nesta quinta-feira (6) e, para muitos telespectadores, já vai tarde. O reality show da MTV foi muito criticado em diversos pontos, como a representação equivocada da comunidade LGBTQ+ e a falta de acontecimentos bombásticos nos primeiros episódios. A dinâmica do programa e dos participantes apresentou mudanças, e a Record teve papel decisivo nisso.
O De Férias com o Ex é o assunto principal do podcast O Brasil Tá Vendo, do Notícias da TV. No programa, os jornalistas Fernanda Lopes, Gabriel Perline, Erick Matheus Nery e Paola Zanon conversam e trazem novidades, curiosidades e bastidores sobre o universo dos reality shows.
Em 2020, o De Férias com o Ex tentou inovar em alguns aspectos, uma vez que o programa tem sido bastante explorado na MTV, como consequência da grande repercussão que ganhou nos últimos anos.
Na sexta temporada, uma das novidades foi a entrada de participantes gays, que causaram e levantaram discussões sobre representatividade, preconceito e militância --várias delas criadas mais pela polêmica, pela mídia, do que de fato pelos problemas de convivência que acontecem no programa.
Houve também tentativas da produção de renovar o formato, por exemplo, com a criação de uma sala da verdade --que foi pouco aproveitada nos episódios. O que a MTV talvez não contasse tanto é com o fato de ter participantes que já chegaram com o formato do De Férias na palma das mãos.
Após assistirem àtemporadas anteriores e, no caso de alguns deles, de até já terem participado do programa no passado, os jovens sarados sabem como "render" no reality. Como devem se portar, agir, reagir e até brigar para terem mais destaque.
Se antes o De Férias com o Ex era visto como um programa sem objetivo claro, já que não há prêmios ou eliminações, agora há mais horizontes para os participantes: vários claramente entram para ganharem seguidores e ficarem populares nas redes sociais, ou mesmo para se lançarem como barraqueiros e conquistarem vagas em outros realities da TV. A Fazenda, principalmente.
"A Record descobriu o De Férias com o Ex, descobriu que tem pessoas barraqueiras e que esses barracos podem ser interessantes para os realities que ela faz. Na edição de 2020, tivemos participantes que já sabiam como proceder e queriam visibilidade em outros reality shows da TV aberta", opina Gabriel Perline no podcast.
Em entrevistas, vários dos participantes desta edição já afirmam que aceitariam ir para A Fazenda se recebessem convite. Nas duas últimas temporadas do reality da Record, ex-participantes do De Férias com o Ex se destacaram com suas famas de barraqueiros, como Gabi Prado, Tati Dias e Jhenyfer Dulz, a Bifão.
Para os jornalistas, o De Férias com o Ex ainda teve problemas na condução das narrativas dos participantes --muitas pessoas entraram para o programa, mas nem todas as histórias de pegação foram bem aproveitadas, o que reduziu muito o potencial explosivo do programa.
"Na ânsia da MTV de repetir a fórmula, essa temporada demorou pra acontecer, e quando aconteceu, foi de forma totalmente errada. Sem sombra de dúvidas, a gente pode afirmar que essa foi a pior temporada", declara Erick Matheus Nery.
Para saber mais sobre De Férias com o Ex e o universo dos reality shows, acompanhe o podcast O Brasil Tá Vendo. Você pode ouvir o sexto episódio pelo link abaixo ou pelas plataformas Deezer,Spotify, Google Podcasts e Apple Podcasts.
Ouça "#6 - Por que essa temporada do De Férias com o Ex foi a pior?" no Spreaker.
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