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PANDEMIA

Jornalismo da Globo já tem seis casos de coronavírus, e emissora reforça medidas

Reprodução/TV Globo

A redação do Jornal Nacional durante a edição de terça (31); William Bonner e Renata Vasconcellos ao fundo de logotipo do JN

A redação do Jornal Nacional durante a edição de terça (31); já há cinco casos de Covid-19 no Rio de Janeiro

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 1/4/2020 - 20h38
Atualizado em 2/4/2020 - 5h56

Área da Globo mais exposta à pandemia do novo coronavírus, o Jornalismo da emissora já registra seis casos de Covid-19, cinco no Rio de Janeiro e um em São Paulo. A informação foi confirmada pela Comunicação da emissora e revelada aos profissionais da casa por Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, em e-mail em que reforça medidas de segurança.

Segundo a Globo, os cinco casos do Rio são leves, estão em boa recuperação. "O de São Paulo chegou de viagem e está em casa em quarentena", informa.

Diferentemente da Dramaturgia, que paralisou 14 produções, e do Entretenimento, que está reprisando atrações como o Domingão do Faustão, o Jornalismo não parou. Pelo contrário. Recebeu reforço de profissionais do Esporte e, em São Paulo, também do Profissão Repórter.

Diante de uma situação inédita de pandemia, a Globo ampliou sua cobertura jornalística e teve papel relevante na conscientização da necessidade de isolamento social, recomendada pela OMS (Organização Mundia de Saúde), em oposição ao isolamento apenas de grupos de risco defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

A emissora tomou algumas medidas para reduzir os riscos de seus jornalistas. Repórteres têm ido às ruas com dois microfones, um para ele e o outro para o entrevistado, e kits de higienização. Nas redações, o pessoal está sendo escalonado de forma a uma melhor ocupação espacial.

O rodízio de plantonistas do Jornal Nacional foi interrompido, viagens foram cortadas ao máximo e profissionais com mais de 60 anos estão tendo de trabalhar em home office. Por outro lado, quem está em campo tem trabalhado muito mais. Folgas foram cassadas, inclusive as de feriados e fins de semana.

O número de casos confirmados no Jornalismo da Globo é ínfimo diante dos 2.500 profissionais que integram o departamento nas emissoras próprias (os números não contemplam afiliadas).

Na quarta (1º), o diretor Ali Kamel enviou a seus subordinados a seguinte mensagem:

"Desde o início da crise do coronavírus, a Globo tomou providências que têm se mostrado acertadas. Todos os que têm doenças crônicas e os maiores de 60 anos deixaram a redação e passaram a trabalhar em casa. Da mesma forma, ao primeiro sintoma de gripe ou resfriado, nossos colegas permaneceram em casa.

Os testes se tornaram muito difíceis, mas nos últimos dias conseguimos testar os companheiros com sintomas mais evidentes. Alguns deles testaram negativo, o que mostra que nem todos com sintomas estão com Covid, o que é boa notícia. Outros testaram positivo, mas todos com quadros leves (porque afastamos aqueles com mais de 60 e com doenças crônicas).

Até aqui, há seis casos de Covid espalhados por nossas áreas. Um em São Paulo e os outros no Rio (o de São Paulo é de profissional que apresentou sintomas quando estava em home office por ter voltado do exterior). Todos se recuperam bem. Como foram afastados ao primeiro sintoma, e como os testes ficaram prontos agora, o perigo de maior contágio já passou.

Mesmo assim, conversamos com todos para que nos dissessem com quem mantiveram um contato mais [próximo]. E afastamos os que eles indicaram, para que completassem os dias que faltam até o décimo quarto. Com o espaçamento entre postos de trabalho, isso se tornará cada vez menos necessário. Tenho conversado com todos os que foram diagnosticados com a Covid. Estão bem. Todos nós queremos logo que voltem, curados e imunes.

Outros casos virão? É provável, em meio a uma pandemia. Mas as medidas que adotamos hão de nos ajudar a que não sejam muitos. E, por essa razão, eu repito aqui:

Temos de respeitar o espaçamento entre postos de trabalho.

Temos de higienizar nossos equipamentos, nossas mesas e o braço as cadeiras. Ninguém melhor do que nós mesmos para cuidar disso.

Temos de lavar as mãos com frequência e não levá-las ao rosto.

Temos de evitar discutir matérias um ao lado do outro: em vez disso, conversemos por ramal, mesmo estando a um posto de distância.

Temos de nos afastar um do outro na ilha de edição.

Temos de permanecer em casa ao menor sintoma de resfriado ou gripe e avisar a chefia e ao RH.

Temos de avisar a chefia se tivemos alguém em casa com sintoma de gripe, para que, juntos, decidamos o que fazer.

Se seguirmos essas medidas, mais seguros estaremos. E poderemos continuar a prestar esse serviço tão essencial para que os brasileiros superem essa pandemia: informar.

A saúde a todos, saúde aos colegas com Covid.

Ali"


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