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PRIMEIRO TRIMESTRE

Com BBB 24, Globo explode vendas e tem melhor começo de ano em uma década

Reprodução/TV Globo

Davi Brito festeja vitória no BBB 24 erguendo os braços para o alto

Davi Brito festeja vitória no BBB 24, que alavancou vendas de publicidade e assinaturas do Globoplay

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 28/5/2024 - 13h32

Impulsionada pelo sucesso comercial do Big Brother Brasil 24, a Globo teve seu melhor primeiro trimestre dos últimos dez anos, comemorou o diretor-presidente da emissora, Paulo Marinho, em comunicado distribuído aos principais executivos na segunda-feira (27) e obtido pelo Notícias da TV.

A Globo registrou um crescimento vigoroso de 18% nas vendas de publicidade na TV aberta e nos veículos digitais em relação ao primeiro trimestre de 2023. A emissora fechou o período com uma receita líquida de R$ 3,65 bilhões, dos quais 60% vieram de formatos publicitários (R$ 2,33 bilhões). Só com cotas de patrocínio do BBB (foram 16), a Globo faturou mais de R$ 800 milhões.

Na nota interna, Marinho destacou que "a maior receita publicitária [de um primeiro trimestre] em mais de dez anos" foi gerada "principalmente pelo aumento das ações de publicidade". Ele citou um único programa:

O Big Brother Brasil foi um sucesso e se destacou como a maior audiência de uma final do programa desde 2021, o que segue fazendo da TV aberta uma alavanca que impulsiona a performance de todo o ecossistema Globo, incluindo os canais fechados e os canais digitais.

Marinho enfatizou que, "mesmo em um cenário ainda desafiador para o streaming em todo o mundo", o Globoplay teve um crescimento de 23% em assinaturas (também estimuladas pelo BBB e por um acordo com a Claro), comparativamente aos três primeiros meses do ano passado. Já o Premiere Play, o antigo pay-per-view de futebol, "teve um aumento expressivo de 61% em sua base de assinantes".

Apesar do crescimento do Globoplay e do Premiere, as duas marcas contribuíram pouco para o aumento de faturamento. As receitas de conteúdo (streaming, TV paga e venda de programas para o exterior) cresceram apenas 3%, de R$ 1,19 bilhão para R$ 1,23 bilhão.

Devido a "uma contínua disciplina em termos de custo", os gastos com vendas, produções e operações subiram apenas 2%, totalizando R$ 2,8 bilhões e "resultando em um Ebitda (lucro antes de de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 812 milhões, o melhor resultado [num primeiro trimestre] desde 2016", festejou Paulo Marinho.

"Iniciamos o ano com um trimestre de bons resultados. Enquanto evoluímos em nosso processo de transformação, temos conseguido gerar crescimento de receita e de nosso Ebitda, fruto de nossos esforços em apresentar novas soluções ao mercado publicitário, da evolução de nossos modelos de assinatura e de uma oferta de conteúdo atrativa para o público brasileiro, além de uma contínua disciplina em termos de custo, investimento e alocação de capital", resumiu o principal executivo da emissora.

Neto do fundador Roberto Marinho (1904-2003), Paulo Marinho assumiu a presidência da Globo em outubro de 2021. No documento distribuído ontem, ele não faz projeções para o restante do ano.

No final do ano passado, em uma live interna, Marinho disse que 2024 será um ano "desafiador". Ele demonstrou preocupação principalmente com os Jogos Olímpicos de Paris, que vão dar prejuízo para a Globo. Ou seja, até o final do ano, todo o bom desempenho do primeiro trimestre pode ser anulado.

Em 2023, a Globo faturou R$ 15,1 bilhões, apenas R$ 1,8 milhão a mais do que no ano anterior. Seu lucro líquido foi de R$ 838,8 milhões.


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