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DOM PHILLIPS

Wagner Moura é alvo de bolsonaristas ao investigar desaparecidos na Amazônia

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O ator Wagner Moura em videoconferência com o Conversa com Bial

Wagner Moura no Conversa com Bial; ele acompanhará buscas por jornalista na floresta amazônica

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 15/6/2022 - 10h43

O ator Wagner Moura se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta quarta (15). Ele foi anunciado como um dos membros da comissão especial do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para acompanhar as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Pereira na Amazônia. A escolha desagradou apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), o grupo terá a função de "acompanhar as ações que estão sendo executadas na busca dos referidos desaparecidos" e "propor medidas que visem a aprimorar a atuação do Poder Judiciário nas questões relacionadas". As informações são do G1.

Além de Moura, a comissão também é composta pelo fotógrafo Sebastião Salgado, pela antropóloga Manuela Carneiro da Cunha e pela juíza Livia Cristina Marques Peres --auxiliar da Presidência da CNJ.

"Fux anuncia grupo de trabalho no CNJ para acompanhar buscas de indigenistas e jornalista no Amazonas. Entre os integrantes do grupo, estão Sebastião Salgado e Wagner Moura. O que essas figuras têm a ver com isso? O que o CNJ tem a ver com isso?", questionou Leandro Ruschel, um dos principais influenciadores ligados à direita brasileira.

Alguns perfis também fizeram piada na rede social, sugerindo que o artista havia incorporado um de seus personagens mais conhecidos, o capitão Nascimento de Tropa de Elite (2007).

Ele, porém, também recebeu menções de apoio na plataforma. "A gadalhada indignada porque o CNJ criou grupo de trabalho para acompanhar buscas e terá a presença de Wagner Moura. E perguntam o que eles têm a ver com isso. Eu pergunto: o que militares têm a ver com as urnas eletrônicas?", provocou Gabriel Gatti.

Entenda o caso

Phillips e Pereira desapareceram no domingo (5) durante uma viagem pela Terra Indígena Vale Javari, no Amazonas. A reserva é cenário para diversos conflitos relacionados ao narcotráfico, roubo de madeira e garimpo ilegal.

A PF (Polícia Federal) apura que o mandante do crime é um traficante peruano que atua na região. As autoridades já prenderam Amarildo de Costa de Oliveira, o Pelado; e Oseney da Costa de Oliveira, o dos Santos. Eles teriam ligação com o tráfico de cocaína na floresta.

A questão mobilizou diversas personalidades, como o comentarista esportivo Walter Casagrande e a cantora Anitta. Ela, inclusive, relembrou a morte da religiosa Dorothy Stang (1932-2005) por questões agrárias no interior do Pará.

Por que Wagner Moura foi escolhido?

O CNJ não justificou a escolha dos membros da comissão de buscas, mas Moura historicamente é ligado a pautas ambientais e à defesa da Amazônia. Ele também atua a favor dos Direitos Humanos. O ator já emprestou a sua voz para a animação Tem um Monstro na Minha Cozinha (2020), do Greenpeace, que denuncia o desmatamento nas florestas brasileiras.

O galã também já se posicionou diversas vezes contra o governo Bolsonaro, a quem acusou de tentar boicotar o filme Marighella (2021). A produção, que conta a história do guerrilheiro comunista Carlos Marighella (1911-1969), sofreu com uma série de atrasos por dificuldades em liberá-lo junto a órgãos federais.


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