Anitta cobra governo brasileiro por mortes de ativistas na Amazônia: 'Justiça'

Após cobrar explicações sobre o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira, a cantora Anitta voltou a usar as redes sociais para pedir justiça aos ativistas mortos por defenderem a Amazônia. Ela lembrou o assassinato da missionária Dorothy Stang (1932-2005) ao denunciar a ineficácia do governo brasileiro em solucionar os crimes.

"Esse é o destino de quem tenta lutar de perto contra a devastação da floresta amazônica e a aniquilação dos povos indígenas. O governo sabe de tudo o que acontece por lá, mas nunca fará nada a respeito porque não quer prejudicar o agronegócio, além da exploração de madeira e ouro", escreveu ela, na noite de segunda (13).

"O dinheiro sempre está falando mais alto que o meio ambiente. Fodam-se todos os idiotas que pensam poder viver sem a natureza, a água ou o oxigênio", continuou a artista.

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"Se esses criminosos podem andar por aí com armas matando como se não houvesse lei, os ativistas e todos que querem denunciar as merdas que acontecem por lá também devem ter suas armas e atirar contra os exploradores ilegais sem consequências ilegais. Eu não aguento mais essa droga. Justiça", arrematou.

Ela já havia feito menção a Phillips e Pereira no Twitter. "Já falei sobre a Amazônia ser uma grande terra de ninguém no Brasil, onde se faz o que quer e nada acontece com quem fez né? O que aconteceu com Dom Phillips e Bruno Pereira?", questionou a funkeira.

Quem foi Dorothy Stang?

Dorothy Stang era uma religiosa norte-americana que chegou à Amazônia como um das missionárias da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur. Ela trabalhava desde a década de 1970 com funcionários rurais na região do Xingu, com projetos de reflorestamento em áreas degradadas e na mediação de conflitos fundiários.

Ela foi assassinada com um tiro na cabeça e cinco ao redor do corpo na cidade de Anapu, no interior do Pará. Segundo testemunhas, ela mostrou uma Bíblia para o próprio assassino e leu versículos de bem-aventuranças antes de ser alvejada. O fazendeiro Vitalmiro Moura foi condenado como mandante do crime.

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