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QUEM MATOU DOM PHILLIPS?

No Encontro, Casagrande desce a lenha no governo Bolsonaro: 'Covarde'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O comentarista esportivo Walter Casagrande no sofá do Encontro

Walter Casagrande no Encontro; ele disse se sentir em um filme de terror no Brasil atual

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 13/6/2022 - 12h05

Walter Casagrande deixou claro o seu descontentamento com o governo Bolsonaro no Encontro desta segunda (13). O comentarista esportivo cobrou soluções para o assassinato de Marielle Franco (1979-2018), além de respostas para o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia. "Nós temos um governo covarde, mentiroso, perverso e muito cruel", disparou.

Fátima Bernardes já havia lamentado, no início do programa, que Alessandra Sampaio, mulher do britânico, havia confirmado que as autoridades encontraram dois corpos na floresta. 

"Nós queremos saber quem matou o Dom Phillips e o Bruno Pereira. Não pode ficar como está o [assassinato] da Marielle. Eu quero falar uma coisa como cidadão brasileiro para a família dessas pessoas: o Brasil não é perverso, não é psicopata. O Brasil está assim", criticou Casagrande, que foi além:

Nós temos um governo covarde, mentiroso, perverso e muito cruel. A crueldade está tendo aval. As pessoas não estão mais com medo de serem cruéis. Elas não tem medo de ofender, de serem racistas, homofóbicas, preconceituosas. Está tudo assinado, e com aval. E isso tudo machuca a gente.

O ex-atleta recebeu o apoio da atriz Deborah Secco e também de Fátima, que acrescentou:

Quando não tem punição, quando se passa mais de anos, isso estimula e encoraja as pessoas. A gente não tem até hoje a elucidação completa [do assassinato da Marielle]. Os corpos encontrados vão ser periciados, mas a mulher do Phillips ter dito ao André Trigueiro que é o marido dela nos tira a esperança de tê-los vivos. Nós precisamos de uma Justiça atuante e rápida. Se não o que vem de cima estima os debaixo.

Casagrande ainda disse que se sentia diante de um longa-metragem de terror diante das notícias. "O povo brasileiro não é assim. Somos alegres, amigos, acolhemos todas as pessoas. Quando tem Carnaval, final de ano, vem muito turista para cá. São todos acolhidos", justificou.

"Assusta esse momento. Não é nossa cara. Eu acho que é muito importante não ficar calado, sentado no camarote, assistindo a um filme de terror. Nós estamos participando [dessa história], somos figurantes, temos que falar que não estamos gostando. Dizer: eu quero mudar para filme de romance, de amor", arrematou ele, aplaudido pela plateia.

Confira a repercussão do Encontro nas redes sociais:


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