REGIME SEMIABERTO
REPRODUÇÃO/FANTÁSTICO
Victor Meyniel em entrevista à Globo em setembro de 2023; ele levou 42 socos do agressor
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou nesta quarta (17) o estudante Yuri de Moura Alexandre por lesão corporal e injúria homofóbica contra o ator Victor Meyniel. O humorista levou 42 socos na portaria de um prédio em Copacabana, na zona sul da capital fluminense, em setembro de 2023.
A decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, prevê 2 anos e 8 meses em regime semiaberto. Ele não permitiu a reversão em outras medidas por se tratar de um caso com "grande violência". A informação é do G1.
Em entrevista ao Fantástico no ano passado, Meyniel deixou claro que não conhecia o agressor. "Nunca tinha o visto na minha vida. Eu achei um cara muito bonito, com um papo legal, falou que era estudante de Medicina, me convidou para ir até a casa dele, pra gente beber um vinho", relatou o ator. "Chegamos lá, ele abriu um vinho. Sentamos no sofá, tiramos os sapatos, bebemos o vinho, ficamos vendo clipes."
O clima mudou quando a médica Karina de Assis Carvalho, que divide o apartamento com Alexandre, voltou do seu plantão.
Ficou um clima completamente desconfortável e hostil. Ele ficou frio, completamente frio, distante. Eles começaram a se desentender entre eles, ele tinha aberto um vinho dela. Eu comecei a me sentir nervoso, acuado, meio esquisito e comecei a tentar quebrar o gelo. Porque eu sou assim, eu tenho essa personalidade.
Questionado sobre o momento de virada, em que Yuri passou a desferir socos, Meyniel contou que foi quando ele questionou se a orientação sexual do estudante não era conhecida. "Eu falo, indignado, completamente frustrado e com raiva, pergunto por que ele tinha feito aquilo, se ele não era assumido."
Ali, o agressor perdeu o controle, derrubou Victor Meyniel no chão e começou a espancá-lo. "Enquanto ele me batia, falava: 'Viadinho é você! Eu não sou!'."
O porteiro Gilmar José Agostini também foi indiciado por omissão de socorro. No vídeo, ele aparece observando as agressões, sem tomar nenhuma reação. Chega a beber café enquanto o espancamento ocorre ao seu lado. "É sobre prestar socorro, é sobre ser empático, humano. Ele só chamou o síndico depois de eu ter ligado pro 190", desabafou Meyniel.
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