Vera Fischer se irrita com pergunta sobre namorado: 'O dia que sentir falta, eu pego'

Vera Fischer não quer ser questionada sobre sua vida amorosa. Segundo ela, perguntas sobre este assunto alimentam a ideia de que mulheres precisam estar em relacionamentos para se sentirem satisfeitas. A atriz também deixou claro que, se quisesse companhia, não ficaria esperando um "príncipe bonitão" aparecer: ela própria iria à caça de um par. "O dia que eu sentir falta, eu pego!", arrematou ela.

A artista deu a resposta atravessado em uma entrevista à Veja. Ela havia sido questionada sobre sentir falta de ter um namorado, mesmo depois de ter afirmado estar contente com a companhia diária de seu gato, Yuki. "Não tenho, não [saudade de um relacionamento]. E sabe uma outra coisa? Continuar perguntando só alimenta a ideia ultrapassada de que mulher tem que estar sempre com um homem para se sentir bem", declarou a artista.

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As mulheres independentes e sexualmente ativas ainda são vergonhosamente discriminadas e, às vezes, mortas por isso. Não sou do tipo que fica no alto da torre trançando cabelo e esperando o dia que o bonitão vai aparecer para subir. O dia que eu sentir falta, eu pego! E você com certeza vai saber!

Vera também deu uma resposta atravessada a uma pergunta sobre política. Quando questionada sobre sua posição aos recentes acontecimentos do país, ela argumentou que já havia se expressado em suas redes sociais. "Minha opinião sempre esteve bem clara, e eu sei que você não viu só meu gato no Instagram, né?", devolveu ela ao repórter. 

A atriz afirmou que política não é um assunto que domina e, por isso, prefere evitar discussões aprofundadas. Ela se limitou a dizer que tem o mesmo interesse de todos os cidadãos interessados em preservar a democracia e os direitos dos brasileiros. Também se esquivou de comentar os posicionamentos de Regina Duarte e Cassia Kis. Questionada sobre as colegas de trabalho, ela foi vaga:

Penso que o nosso foco agora tem que estar em construir, trabalhar e exigir um país mais justo para qualquer brasileiro. Exigir a garantia de que nós teremos sempre o direito de saber a verdade, de termos acesso à educação, à cultura, saúde e alimentação.

Na mesma entrevista, ela confessou não ter paciência para "aguentar gente que insiste em ser relógio estragado parado no tempo". A artista se referia às pessoas que a discriminam pela idade --Vera está com 71 anos.

"O etarismo está escancarado nas bocas dos antiquados, na vida dos cafonas", criticou ela. Livre das amarras desse preconceito, Vera revelou ter uma ótima relação com os espelhos. "Me acho um mulherão. E não sou só eu que acho!", finalizou a atriz.