'SEMPRE UNIDOS'
REPRODUÇÃO/SBT
Suzy Camacho no Casos de Família; atriz revelou como marido Farid Curi morreu no hospital
Suzy Camacho se pronunciou pela primeira vez sobre a morte do marido Farid Curi, que ocorreu na quarta (21). Em meio a guerra judicial com os enteados e a decisão de não se manifestar publicamente sobre a disputa pela herança, a atriz quebrou o silêncio e detalhou os últimos minutos de vida do companheiro --internado em coma irreversível há mais de dois anos. "Estou dilacerada", desabafou.
"Hoje é o dia mais difícil da minha vida. Dizer adeus a quem se ama é terrivelmente doloroso. Mas, devo agradecer a Deus, a honra de ter sido mulher de Farid Curi. Um ser humano inigualável, exemplo de caráter, perseverança, bondade e sabedoria", escreveu a ex-atriz da Globo, no Instagram.
Na rede social, a psicóloga afirmou que sua alma se juntou com a de Curi "para a eternidade". "Estávamos sempre unidos, e assim foi até seu último suspiro em meus braços, na madrugada do dia 21", ressaltou.
"Foram dois anos, um mês e três dias ao seu lado, diariamente no hospital. Estou dilacerada. Peço a Deus que dê ao meu amado marido paz e, a mim, me dê coragem para suportar a saudade. Fique com Deus, meu eterno amor", complementou.
A apresentadora Christina Rocha deixou uma mensagem para Suzy nos comentários da publicação: "Meus sentimentos".
Farid Curi morreu na quarta, aos 85 anos. Em nota enviada pelos filhos de Curi ao Notícias da TV, eles lamentaram a perda do pai:
Comunicamos, com imensa dor, a morte do nosso pai, Farid Curi, na manhã desta quarta (21), em São Paulo, após um longo período de internação. Ele deixa seis filhos, nove netos, três bisnetos e um legado profissional e de dedicação à família e amigos que não serão esquecidos. Contamos com a compreensão de todos para a privacidade e recolhimento que este momento nos exige.
Confira a publicação:
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Suzy se casou com o empresário em 2013, quando ele tinha 76 anos. Ele ficou conhecido por ter sido um dos sócios da rede de supermercados Atacadão até 2007, ano em que a companhia foi vendida por mais de R$ 2 bilhões ao Carrefour. Por Farid ter mais de 70 anos, o regime foi obrigatoriamente de separação total de bens.
Em 2020, antes de Farid entrar ser hospitalizado, Suzy o levou a três neurologistas renomados para que eles atestassem a capacidade de raciocínio e a memória do marido. Os três deram atestados semelhantes e indicaram que ele tinha capacidade condizente para alguém da idade dele. Os especialistas, no entanto, não foram informados que a avaliação seria usada para um laudo.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, antecipada pelo UOL, ela teria usado os atestados para enganar a Justiça e movimentar R$ 10,9 milhões da conta do empresário após a liberação do valor de um fundo de investimentos. Em documentos obtidos pela Record, os médicos disseram à polícia que se sentiram ludibriados pela atriz.
Os filhos de Curi alegaram que a saúde do pai se deteriorava e pediram o bloqueio da liberação dos recursos, que naquela época já tinham sido requeridos por Suzy. Ela, no entanto, conseguiu reverter o processo usando os atestados.
"Todos os [seis] filhos do Farid estão contra ela porque a consideram uma oportunista, que se aproveitou da idade dele. Ele tem dinheiro em várias partes do mundo. Não só no Brasil, mas também em Mônaco e nas Ilhas Virgens Britânicas. É um homem que tem um patrimônio enorme, é um homem milionário", argumentou o delegado Roberto Monteiro.
Em nota, os advogados dos filhos de Farid Curi disseram: "Além de documentos ideologicamente falsos, é necessário salientar que, à época do sobredito resgate [do dinheiro], o sr. Farid estava totalmente incapaz de praticar atos civis".
Em 2021, três enteados de Suzy protocolaram uma queixa-crime contra a psicóloga por "fatos praticados ao longo do ano de 2020". O caso foi para a 3ª Vara Criminal de São Paulo e colocado em segredo de Justiça.
A ação inicial foi rejeitada porque os filhos de Farid Curi perderam o prazo de seis meses entre o suposto crime de ofensa e o registro da queixa, que foi rejeitada antes mesmo de ser examinada.
No entanto, a defesa de Alfredo Curi, Beatriz Curi e Rodrigo Curi não aceitou a justificativa e recorreu em segunda instância. O caso foi analisado pelos desembargadores da 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo; o Notícias da TV teve acesso à decisão, de 8 de junho.
"Consta dos autos que os querelantes [filhos de Curi] apresentaram queixa-
crime em 29 de março de 2021, imputando a querelada [Suzy] os crimes de difamação e calúnia, em virtude dos fatos praticados ao longo do ano de 2020. A procuração outorgou poderes específicos 'de requerer a instauração de inquérito policial', haja visto os assaques contra a honra perpetrados por Suzy Camacho ao patrono dos querelantes em 24 de setembro de 2020", explicou o relator Ulysses Gonçalves Junior.
O magistrado manteve o entendimento da primeira instância de que o prazo de seis meses foi extrapolado para a queixa-crime e não acolheu o pedido para analisar uma possível condenação de Suzy Camacho por injúria e difamação.
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