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LUTO NA ARTE

Rosa Magalhães tem ligação inusitada com passado de atrizes pelo sertanejo

REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY

Rosa Magalhães tem os cabelos pretos, com a franja tingida de vermelho; ela usa uma blusa cinza e preta e um colar de contas rosado.

Rosa Magalhães em depoimento ao Intelecta, programa de 2019 do canal Futura, da rede Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 26/7/2024 - 10h33

Carnavalesca com mais títulos no Rio de Janeiro, Rosa Magalhães morreu na madrugada desta quinta (25), aos 77 anos. A informação foi divulgada pela Império Serrano, uma das escolas de samba da qual ela fez parte, na manhã desta sexta (26). De acordo com o RJTV, ela foi vítima de um infarto e foi encontrada em casa, em Copacabana.

Trinta anos atrás, porém, Rosa foi parte de um momento obscuro da carreira de Alexandra Richter e Mônica Martelli. As duas tiveram uma dupla sertaneja na década de 1990, mas a desfizeram após admitirem que eram um fiasco. Elas chegaram a ser vaiadas por uma multidão em um show em Macaé, no Rio de Janeiro.

As amigas se uniram sob o nome de Tex&Ana para juntarem dinheiro, uma vez que estavam sem trabalho. "Em momento algum nós duvidamos do nosso potencial. Ensaiamos musiquinha e coreografia, tínhamos um figurino bárbaro feito por ninguém menos que Rosa Magalhães. Bota, chapéu, short de veludo vermelho... Meu pai comprou cinto de cowboy pra gente! E eram cinco noites de shows", relatou Alexandra em entrevista ao jornal Extra, em 2010.

"Vale lembrar que fomos vaiadas por mais de 30 mil pessoas, e Ronaldo [Braga, marido dela], que na época era meu crush, foi até Macaé para ficar comigo e presenciou as vaias. História maravilhosa", riu a atriz de Família É Tudo em uma postagem datada de março do ano passado.

Quem foi Rosa Magalhães?

Apesar de o figurino não ter salvado as atrizes do fracasso na música, Rosa tem uma carreira externa no Carnaval. Só como carnavalesca, ela atuou na Estácio de Sá, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel, além da já citada Império Serrano.

Ao todo, a "professora" do Carnaval carioca assinou 40 desfiles, sendo sete deles vitoriosos --o número mais alto já alcançado por uma profissional do gênero desde a criação do sambódramo Marquês de Sapucaí, em 1984. Cinco das vitórias foram pela Imperatriz Leopoldinense, nos anos de 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. O mais recente foi em 2013, pela Vila Isabel.

A artista plástica também fez o desenho de figurinos para a Portela e Beija-Flor no início da carreira no Carnaval. Ela começou como assistente na Salgueiro, em 1970.

No decorrer da carreira, Rosa chegou a exercer as funções de professora, figurinista e cenógrafa. Ela lecionou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Faculdade de Arquitetura Benett. Mas nunca deixou o Carnaval: o último desfile assinado por ela foi no ano passado, pela Paraíso da Tuiuti, que terminou em 8º lugar. O ano de 2024 foi o primeiro em que ela não participou do festejo.

A carnavalesca ainda foi a responsável pela cerimônia de encerramento da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, que homenageou a cultura popular brasileira com samba, forró e frevo. Também venceu um prêmio Emmy de figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. 

O velório será realizado no Palácio da Cidade, de meio-dia às 16h30. O sepultamento, no Cemitério São João Batista, será restrito a família e amigos mais próximos.


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