Repórter da Globo, Susana Naspolini morre aos 49 anos após luta contra câncer

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Publicado em 25/10/2022 - 21h28
Atualizado em 25/10/2022 - 22h46

Susana Naspolini, repórter da Globo, morreu aos 49 anos nesta terça (25). A jornalista lutava pela 6ª vez contra um câncer e estava internada há uma semana em São Paulo. O estado dela era considerado grave. A notícia foi revelada pela filha dela, Julia Naspolini, em suas redes sociais.

"É com o coração doendo que venho contar para vocês que a mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu", escreveu Julia, em uma publicação no Instagram.

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Na semana passada, a jovem publicou um vídeo no Instagram de Susana e revelou que a mãe estava em estado gravíssimo no Hospital Israelita Albert Einsten.A funcionária da Globo tratava o câncer no Rio de Janeiro, mas precisou viajar para ser assistida por outro médico.

A menina chorou muito ao contar que o câncer havia se espalhado por vários órgãos da matriarca, inclusive o fígado, que estava muito comprometido. O tumor atingiu ainda a medula óssea e o osso da bacia. "Eles dizem que não sabem mais o que fazer, se tem algo a mais para fazer", lamentou ela.

O estado dela é muito grave, e eu não sei o que fazer. A única coisa que eu consigo pensar em fazer é pedir orações para vocês. Sei que todos que estão aqui gostam muito dela. Então, peço por favor, rezem por ela. Quanto mais gente rezando, melhor. Orem por ela, pelo bem dela, para ela ficar aqui com a gente, para Deus dar um jeito nela. Ela ficar aqui com a gente por mais tempo.

Susana Naspolini foi diagnosticada com câncer pela quinta vez aos 49 anos. Um tumor apareceu pela primeira vez em seu corpo aos 18 anos, com um linfoma de hodkin. Em 2010, descobriu um câncer maligno na mama e outro na tireoide, e hoje luta contra uma metástase nos ossos.

Quem foi Susana Naspolini?

Susana começou a trabalhar no Grupo Globo em 2002 como repórter temporária da GloboNews. Ela passou pelo Canal Futura; pela produção da editoria Rio, da Globo; e pela equipe dos telejornais Bom Dia Rio e RJTV. Em 2008, ela começou a apresentar o quadro RJ Móvel, que fazia parte do RJ1.

Na função, Susana ganhou destaque por se aproximar dos problemas da população. Com um automóvel, a jornalista visitava bairros da região metropolitana do Rio para averiguar denúncias de problemas locais.

A repórter precisou se afastar do jornalístico nos anos de 2009, 2016 e 2020 justamente para fazer o tratamento do câncer.

Apesar de ser lembrada por seu trabalho no RJ Móvel, a comunicadora também ganhou destaque por outras coberturas na TV. Ela foi responsável por cobrir as chuvas no Rio de Janeiro, em abril de 2010, quando foi enviada para investigar a situação no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa.

Em 2011, ela participou da cobertura da ocupação policial Vila Cruzeiro, que rendeu ao Jornalismo da Globo o Prêmio de Emmy Internacional. No Rock in Rio de 2013, Susana surpreendeu ao ficar pendurada por um cinto em um guindaste, para cobrir o evento do alto da cidade do rock.

Quatro anos depois, a jornalista foi convidada para apresentar o Globo Comunidade, em paralelo ao RJ Móvel. Já em 2019, Susana lançou o livro Eu Escolho Ser Feliz, uma produção que conta sobre a luta da jornalista contra o câncer.

Confira a publicação da filha da jornalista: