Por que a mansão de R$ 40 milhões de Ana Hickmann é uma bomba imobiliária?

Ana Hickmann colocou à venda a mansão em que viveu com o ex-marido, Alexandre Correa. O imóvel está bloqueado pela Justiça por conta das dívidas das empresas deles, o que pode dar dor de cabeça para quem se interessar pelo negócio. A propriedade avaliada em R$ 40 milhões foi anunciada sem o consentimento de Correa, que tem o direito de intervir se quiser, e ainda pode ser contestada judicialmente.

O Notícias da TV revelou que o empresário não sabia da venda. Já a assessoria da apresentadora afirmou que um acordo teria sido firmado com os advogados de ambas as partes. Com ou sem acordo entre o ex-casal, o fato é que a venda da mansão localizada em Itu, no interior de São Paulo, não vai render para nenhum deles.

Em novembro, o Banco Safra informou que fez uma averbação premonitória na matrícula da casa. Isso significa que parte do dinheiro da venda será destinado ao pagamento do débito de R$ 1,6 milhão que Ana deve para a instituição. Há dívidas já declaradas, e outras que estão em andamento. Quanto mais o valor sobe, mais a ex-modelo terá que desembolsar.

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O advogado criminalista Gil Ortuzal aponta que há questões jurídicas em colocar a mansão de Itu à venda. Ainda que a funcionária da Record esteja assistida por sua equipe, os problemas com o bloqueio da casa correm risco de virar uma bola de neve.

"Como ela tem várias ações de execução contra ela e o Alexandre, em tese ela não pode vender. Ela só poderia vender se o comprador desse o dinheiro não para ela, e sim para custear os processos que já estão em andamento", detalha o advogado em entrevista à reportagem.

"Tem processos a título executivo, que estão certeiros, e outros em fase de mérito, que estão para reconhecer se há ou não a dívida, como aqueles em que Ana acusa Correa de ter falsificado suas assinaturas. Ela não pode vender a casa sem pagar os títulos que deve", pontua Ortuzal.

A venda ainda poderia configurar fraude aos credores, que são as instituições que cobram dívidas de Ana e Correa. A comercialização do imóvel bloqueado pode gerar uma multa de até 20% do valor total. No caso da mansão avaliada em R$ 40 milhões, Ana Hickmann teria que arcar com R$ 8 milhões de multa se conseguir um comprador. "Ela não está impedida de vender, apenas não pode pegar o dinheiro", conclui Gil Ortuzal.