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PULMÃO ARTIFICIAL

Paulo Gustavo com Covid-19: Tratamento Ecmo custa até R$ 50 mil por dia

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Paulo Gustavo em especial de fim de ano na Globo, com imagem de pessoas de máscara ao fundo

Paulo Gustavo em especial de fim de ano na Globo; ator de 42 anos está internado com Covid-19

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 10/4/2021 - 6h55

Internado com Covid-19, Paulo Gustavo está fazendo desde o início deste mês o tratamento de Ecmo. Conhecida como "terapia por oxigenação por membrana extracorpórea", essa técnica do pulmão artificial tem uma taxa de recuperação de 50% a 80% de sucesso, de acordo com especialistas. Mas o problema é que essa é uma alternativa cara, que chega a custar até R$ 50 mil por dia.

A equipe médica do humorista adotou esse tratamento em 2 de abril. Ou seja, já são nove dias em que Paulo Gustavo conta com o auxílio do pulmão artificial para ter condições de oxigenar o organismo e repousar o órgão doente.

O Ecmo é indicado para casos extremamente graves, nos quais a função pulmonar não oferece condições para as trocas gasosas e o uso de respiradores não tem efetividade. Para o uso dessa tecnologia, é necessária uma equipe com treinamento específico e que acompanhe o paciente 24 horas por dia. No processo, também é usada uma combinação de medicamentos específicos.

No último boletim médico de Paulo Gustavo, que foi divulgado na noite de sexta-feira (9), a equipe apontou que o estado do comediante de 42 anos é de "estabilidade clínica". Desde 13 de março, ele está internado no Hospital CopaStar, da Rede D'Or, no Rio de Janeiro.

"O quadro geral mantém o otimismo da equipe profissional, mesmo levando em conta a gravidade que existe em todos os pacientes em uso de ventilação mecânica e de Ecmo", informou a assessoria do ator.

Confira abaixo um post de Thales Bretas, marido de Paulo Gustavo, sobre o estado de saúde do humorista:

Tratamento pouco acessível

De acordo com Rafael Robba, advogado especializado em direito à saúde, pacientes com prescrição médica têm procurado o escritório em que ele trabalha para tentar assegurar o direito ao uso do Ecmo como última alternativa para salvar a vida de familiares em estado grave da Covid-19.

As disputas judiciais pelo tema têm aumentando porque os planos de saúde  negam a cobertura do procedimento, amparados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que não tem a técnica de pulmão artificial na cobertura mínima obrigatória para as operadoras.

"A nova lista de procedimentos de cobertura dos planos de saúde, que começou a valer em 1º de abril, sofreu um retrocesso. Em um momento delicado para a saúde no Brasil, no qual precisamos ampliar o acesso a tratamentos dos pacientes, a agência reguladora definiu que o rol de cobertura dos planos é taxativo, e não exemplificativo, como sempre foi compreendido", explica o especialista.

"Faz-se cada vez mais necessário que os pacientes tenham amplo e irrestrito acesso aos melhores tratamentos capazes de salvar vidas e que, para isso, a ANS agilize as incorporações de novas condutas terapêuticas nesse momento de agravamento da pandemia", defende Robba, advogado do escritório Vilhena Silva, que atende demandas ligadas à saúde.

O tratamento custa entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, dependendo do Estado.  Segundo a a cardiologista e intensivista Ludhmilla Hajjar, que trabalhou na recuperação de Geraldo Luís da Covid-19 e chegou a ser cotada para o Ministério da Saúde, "não se faz [a Ecmo] em alta escala no SUS".

Apesar de ressaltar que a técnica pode ser utilizada durante um período prolongado, de até 25 dias, e que várias pessoas ao redor do mundo foram salvas pelo tratamento, a médica pondera que esta é uma alternativa custosa para combater à Covid-19 e, portanto, inacessível a uma parte considerável da população.

"Infelizmente, muitas pessoas como ele não têm chance de serem tratadas em uma ótima estrutura e terem a Ecmo. Não é um procedimento sem efeito colateral, é preciso ponderar se o benefício é maior do que o risco ao paciente", observou ela em entrevista à CNN Brasil.


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