REVOLTA
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Paolla Oliveira se revoltou com caso de criança que teve aborto negado por juíza: 'Nojento'
Publicado em 21/6/2022 - 19h08
Paolla Oliveira detonou a juíza Joana Ribeiro Zimmer nas redes sociais após assistir a audiência em que a magistrada tenta impedir o aborto de uma criança de 11 anos, que foi abusada em Santa Catarina. Em um longo texto, publicado nesta terça-feira (21), a atriz classificou a atitude como "nojenta" e afirmou que a menina vítima da violência estava sendo exposta a uma série de injustiças.
"É muito difícil pra uma mulher ler tudo que está relacionado a esse caso. Imagine para uma menina, uma criança, estar vivendo isso. E quando eu falo em mulher, falo de ser humano, não de alguém como essa juíza que induz e coage uma criança a ter uma gravidez indesejada", lamentou Paolla, acrescentando ter ficado "estarrecida de revolta, raiva e de tristeza" após acompanhar todo o processo.
"Não basta toda a violência sofrida por essa criança? Como essa juíza pode achar que a felicidade e dignidade de uma criança (e consequentemente de toda sua família) é menos importante que a felicidade de um casal adotante que nem existe ainda? Como alguém pode olhar no rosto de uma menina em sofrimento absoluto e não protegê-la? Não acolhê-la? É nojento", disse.
Na sequência, Paolla lembrou que a própria mãe da criança foi separada da menina no momento em que o hospital de Florianópolis não soube lidar com o caso, justamente porque a gravidez já estava fora do limite permitido por lei para um aborto. "Uma mãe leva sua filha para o hospital e acaba sendo separada dela. É uma sucessão de violências e humilhações absurdas", lamentou a atriz.
"Criança não é mãe, criança não é incubadora. Estuprador não é pai, estuprador é criminoso. Que se faça a justiça que essa juíza não foi capaz e não teve interesse de fazer. Que se desfaça a violência que essa juíza cometeu", finalizou Paolla no Instagram.
Nos comentários, seguidores de Paolla fizeram coro às palavras da artista, afirmando que o caso era um absurdo. "Castração química para estupradores", defendeu a também atriz Giovanna Antonelli. "Esperamos justiça! Que dó dessa criança", reforçou a fã Regina Penha. "Tá cada dia mais difícil esse mundo", concordou a internauta Regiane Pazinato.
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A violência cometida contra a menina de 11 anos se tornou pública após as jornalistas Paula Guimarães, Bruna de Lara e Tatiana Dias revelarem o caso em uma reportagem veiculada pelo The Intercept Brasil e pelo Portal Catarinas.
A criança, então com 10 anos, chegou a ser encaminhada para um abrigo pela juíza, que justificou a decisão por causa do risco, segundo a magistrada, de a mãe realizar algum ato contra o bebê que ainda se formava.
Já em maio, a criança teria ouvido, da juíza, a seguinte pergunta: "Você suportaria ficar mais um pouquinho? A gente tem 30 mil casais que querem o bebê, que aceitam o bebê. Essa tristeza de hoje para a senhora e para a sua filha é a felicidade de um casal".
Em nota, a juíza se defendeu: "Sobre o caso levantado pelo Portal Catarinas, a juíza Joana Ribeiro informa que não se manifestará sobre trechos da referida audiência, que foram vazados de forma criminosa. Não só por se tratar de um caso que tramita em segredo de justiça, mas, sobretudo para garantir a devida proteção integral à criança".
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