Morre Julieta Amaral, a primeira âncora negra de telejornal no Rio Grande do Sul

Pioneira na luta pela igualdade racial no Jornalismo no Rio Grande do Sul, Julieta Amaral morreu aos 62 anos na madrugada deste sábado (26). Ela enfrentava um câncer agressivo no pâncreas. A jornalista trabalhou durante 29 anos na RBS TV Rio Grande, afiliada da Globo, participou de coberturas históricas e foi a primeira negra a apresentar um telejornal no Estado.

A comunicadora tratava a doença no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Em conversa com a CNN Brasil, a família explicou que o estado de saúde de Julieta teve complicações nos últimos dias.

A rio-grandina nasceu em 8 de outubro de 1962, e virou um ícone do jornalismo na região. Formada pela Universidade Católica de Pelotas, ela começou a trabalhar aos 18 anos como revisora no Jornal Agora.

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Também passou pelo Correio do Povo, com sede em Porto Alegre, antes de ingressar na RBS TV, onde atuou de 1987 a 2016.

Julieta recebeu prêmios e reconhecimentos ao longo da carreira, além de ser muito lembrada por coberturas importantes, como a do Navio Bahamas, em 1998.

A jornalista estava longe dos holofotes nos últimos anos, dedicando-se a trabalhos voluntários. Ela deixa o marido, Pedro Amaral, e a filha Carolina, grávida de oito meses.