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Marcos Pasquim revela tristeza com novela da Globo: 'Bem decepcionado'

Reprodução/TV Globo

Marcos Pasquim ficou decepcionado com a repercussão de Mariano na novela O Tempo Não Para - Reprodução/TV Globo

Marcos Pasquim ficou decepcionado com a repercussão de Mariano na novela O Tempo Não Para

ANA CORA LIMA

Publicado em 26/8/2019 - 5h21

Sete meses depois do fim de O Tempo Não Para (2018), Marcos Pasquim admite que ficou "bem decepcionado" com seu trabalho na novela das sete. É que seu personagem, um pescador chamado Mariano, perdeu força e flopou na trama de Mário Teixeira. O ator tinha esperanças de um bom papel como antagonista, mas o "autor se perdeu", diz.

"O Mariano iria duelar com o protagonista Sabino, o Edson Celulari, pela personagem da Christiane Torloni, a Carmen. Só que viajou, voltou e só deu um tchau. Não entendi nada", lamenta ele ao Notícias da TV.

"Sabe quando o ator não vai bem e se perde em uma novela? Acontece também com os autores. Em O Tempo Não Para, não foi só comigo, outros colegas sofreram com a perda da função. E aí não tem muito que fazer. O autor [Mário Teixeira] se perdeu, e eu confesso que fiquei bem decepcionado." 

Pasquim também não foi feliz em Babilônia (2015), de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. Seu personagem, Carlos Alberto, viveria um romance gay, mas a repercussão negativa das cenas de beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg) logo na estreia da novela deu o pontapé em uma série de mudanças na trama e nos perfis dos personagens.

"Rasgaram 80 capítulos, e o meu personagem rodou. Não era mais homessexual e foi ter um romance com o personagem da Camila Pitanga, rivalizando com o Thiago Fragoso. O Bruno Gagliasso, que ia ser um cafetão, virou um vilão assassinado no fim. Foi uma pena. A novela era incrível", opina.

Sem contrato e de bem com isso

Marcos Pasquim não tem mais contrato longo com a Globo. Um dos principais galãs da emissora nos anos 2000, desde 2015 ele só trabalha por obras certas. Mas, ao contrário de boa parte dos seus colegas, não lamenta a perda do vínculo. Diz que tem mais liberdade para fazer suas escolhas e confessa: "Perdi muito dinheiro na época de contratado da Globo".

"Sinceramente, acho esse sistema mais justo. No mundo inteiro, todo ator recebe por obra, e as duas partes ficam livres para convidar ou aceitar um determinado trabalho independentemente de o ator estar muito tempo sem fazer algo. Eu era protagonista da emissora e tinha que pedir autorização para tudo. E ela, muitas vezes, me foi negada. Perdi vários tipos de trabalhos", conta.

reprodução/TV Globo

Pasquim se divertiu ao rever personagens na homenagem no Vídeo Show no início deste ano

Aos 50 anos e com 28 produções no currículo, entre novelas e seriados, incluindo as passagens pela extinta Manchete e pelo SBT, Pasquim diz que adoraria enterrar de vez o estereótipo de galã que ainda o persegue desde que estreou em Cara e Coroa (1995), na Globo.

"É difícil as pessoas chamarem você para fazer um personagem diferente do seu 'perfil' nos últimos anos. Tenho a aparência de um homem da minha idade, bem cuidado, ok? Mas não dá para fazer um pescador sarado, por exemplo. Adoraria mudar isso. Seria ótimo ter de engordar ou emagrecer muito por um personagem."

Filme na Bahia

Produtor da peça Um Casamento Feliz, em cartaz no Rio de Janeiro, Marcos Pasquim está agora à procura de um espetáculo em que possa atuar. "Quero um texto bem bacana para poder estrear no início do ano que vem. O mercado está ruim para todo mundo, por causa da crise financeira, mas não podemos desistir do teatro. Tenho fé de que as coisas vão melhorar."

No início de outubro, Pasquim embarca para Salvador para gravar as primeiras cenas do longa Nina, em que dividirá o posto de protagonista com Nelson Freitas.

O suspense será o segundo filme de sua carreira. Antes, ele fez Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida (2004), em que era o par romântico da apresentadora. Para interpretar um policial nada honesto, o ator tem buscado referências na ficção.

"Ando vendo muitas séries policiais. Li alguns livros e entrevistas de atores que já fizeram grandes vilões. Temos muitos exemplos nos noticiários, na vida real, mas não quero ir por esse caminho, não. É desanimador e eu não quero isso. Estou em um momento muito feliz", resume.

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