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ERICK RICARTE

Humilhado e demitido do Pânico, ator dá volta por cima e vira venenoso na Record

REPRODUÇÃO/TV ATALAIA

Demitido ao vivo do Pânico, Erick Ricarte virou titular da versão sergipana de A Hora da Venenosa - REPRODUÇÃO/TV ATALAIA

Demitido ao vivo do Pânico, Erick Ricarte virou titular da versão sergipana de A Hora da Venenosa

GABRIEL SOUZA

Publicado em 11/9/2018 - 5h29

Integrante do Pânico durante dois anos, Erick Ricarte foi alvo de todo tipo de bullying por parte de seus colegas de elenco, que lhe batizaram de "Bunda Gorda". Também foi demitido ao vivo por Emílio Surita. Deprimido, chegou a achar que não voltaria para a TV e passou a usar remédios controlados. Em julho, deu a volta por cima: foi convidado para assumir a versão sergipana de A Hora da Venenosa, na TV Atalaia, afiliada da Record.

Enquanto fez parte do Pânico, entre 2014 e 2016, Ricarte diz ter sido vítima de "ataques homófobicos, xenofóbicos e gordofóbicos". Alega ainda que não recebeu direitos trabalhistas como 13º salário e férias. Apesar de tudo, considera o humorístico a "maior vitrine" de seu trabalho.

Em entrevista ao Notícias da TV, Ricarte conta que sua saída do Pânico foi "um grande susto". Diz que sequer pôde voltar aos estúdios da rádio Jovem Pan, dona da marca, para buscar suas coisas ou para se despedir do público. Ele fazia o programa na rádio e na Band.

"Quando eu saí, o Pânico já estava ladeira abaixo. Hoje, é um programa que ninguém mais lembra que existe, ninguém comenta, ninguém quer fazer parte. Eles perderam muito o foco e a notoriedade, não tem mais o respeito do público. São campeões de processos... Até eu cheguei a pensar em processar depois da minha saída, pois não cumpriram com muita coisa prometida", detona.

No programa, ele diz ter sofrido todos os tipos de ataque possíveis. "De fato, eu sou gay, nordestino e gordo, mas no ar eles pegavam muito pesado. Eu tentava levar na esportiva", lembra.

Além das ofensas, ele não tinha um contrato com a Band ou com a Jovem Pan. Nos dois anos em que integrou o elenco do humorístico, sua renda era apenas uma ajuda de custo dada por Emílio Surita, que girava em torno de R$ 1.500 por mês. Segundo ele, era "apenas o suficiente para pagar o aluguel".

REPRODUÇÃO/JOVEM PAN

Erick Ricarte durante o Pânico, em 2014: ele não ganhou salário enquanto esteve no programa

Ricarte alega ter sofrido chantagem emocional da diretoria do programa quando passou a exigir seus direitos trabalhistas. "Se hoje você está bombando, se hoje você está no ar e tendo destaques em redes sociais, é por conta do Pânico. Se você pulou de 2 mil para 380 mil seguidores, é por nossa causa", teria dito a chefia, segundo ele.

Após o conturbado desligamento, ele entrou em depressão. Chegou a engordar mais de 20 quilos em apenas seis meses e passou a fazer uso contínuo de medicamentos tarja preta, que o acompanham até hoje.

Dos integrantes do Pânico, sua única tristeza é com o líder do grupo. "O Emílio nunca mais falou comigo depois da minha demissão, nunca voltou a me procurar, e enquanto eu estava no Pânico me tratava como um filho. Não esperava simplesmente ser esquecido por ele", lamenta.

Procurada pelo Notícias da TV, a Band informou que o ator, assim como grande parte do elenco do Pânico, era de responsabilidade exclusiva da Jovem Pan e ressaltou que ele nunca foi contratado da emissora. 

Consultada, a Jovem Pan optou por não se posicionar a respeito das acusações feitas por Erick Ricarte e disse desejar "boa sorte" para ele em sua carreira.

Fabíola Reipert sergipana
Pouco depois de voltar para Sergipe, sua terra natal, Ricarte diz que recebeu um "convite inesperado". Foi chamado pela TV Atalaia, afiliada da Record no Estado, para assumir a apresentação do quadro de fofocas A Hora do Venenoso no Balanço Geral local, inspirado na versão apresentada por Fabíola Reipert em São Paulo.

Ricarte e Tiago Hélcias, âncora do Balanço Geral SE, durante A Hora do Venenoso (foto: Reprodução)

A volta para a TV Atalaia representou um recomeço para o ator de 27 anos. Foi lá que ele teve sua primeira oportunidade, em 2006, como repórter do Canal Elétrico, programa musical e de variedades exibido aos sábados.

Ele conta que "não pensou duas vezes antes de aceitar" e considera Fabíola sua "musa inspiradora".

Assim como ela, o venenoso usa o teleprompter apenas para saber qual assunto será chamado na sequência da atração e festeja o fato de ter "total liberdade para falar o que quiser, sem nenhum tipo de censura ou checagem prévia da direção".

Ao contrário do que acontecia no Pânico, sua rotina com os colegas de trabalho é só alegria. Admite ter uma relação muito boa com Tiago Hélcias, âncora do Balanço Geral local, e que uma de suas melhores amigas é Jaquelline Cruz, apresentadora de outro programa regional da emissora.

Para o futuro, Erick Ricarte almeja a oportunidade de substituir Fabíola Reipert durante as férias. A função de folguista da fofoqueira normalmente é ocupada por Poliana Rozado, titular da versão mineira de A Hora da Venenosa.

"Eu sou muito grato a essa oportunidade que eu estou tendo, estou perto da minha família, é a minha terra, é um novo momento na minha carreira. Eu nunca imaginei ser o venenoso, a Fabíola Reipert de Sergipe. Adoraria ter a chance de a substituir algum dia, mas o futuro a Deus pertence. Estou muito feliz com o presente", encerra.

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