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Quanto vale o show

Nem Marquezine nem Marina; saiba quem é a famosa mais bem paga da web

Divulgação/TV Globo

Ivete Sangalo: com mais credibilidade, cantora baiana recebe R$ 300 mil ou mais por um único clique - Divulgação/TV Globo

Ivete Sangalo: com mais credibilidade, cantora baiana recebe R$ 300 mil ou mais por um único clique

RUI DANTAS

Publicado em 10/9/2018 - 5h49

Alavancadas pela exposição na televisão, celebridades chegam a ganhar mais de R$ 300 mil para fazerem selfies e postar nas redes sociais. As cantoras Ivete Sangalo e Anitta lideram o ranking das famosas mais bem pagas para expor marcas e produtos no Instagram, seguidas pelas atrizes Marina Ruy Barbosa, Bruna Marquezine e Grazi Massafera.

O ranking, obtido com exclusividade pelo Notícias da TV, é da empresa Influency.me, do Grupo Comunique-se, especializada em marketing digital. 

O supercachê depende, segundo especialistas, de uma conjunção de fatores, como qual é a empresa, o produto, o público para o qual ele é destinado, o grau de dificuldade e o local da foto. 

Além disso, é levado em conta a quantidade de posts que serão inseridos nas redes sociais, o número de seguidores e, acima de tudo, o poder de identificação com estes seguidores, a credibilidade que a celebridade tem e a capacidade de ser o melhor porta-voz que o produto precisa.

j. humberto/AGNEWS

Em pesquisa do Ibope, Marina Ruy Barbosa subiu no ranking: R$ 100 mil de cachê

Segundo a Influency.me, os cachês variam entre R$ 40 mil, para artistas prestigiados com menos seguidores e que não estão no ar na TV, e R$ 300 mil, se a celebridade integrar a lista das cinco mais bem pagas. Esse foi o caso da cantora Ivete Sangalo. Ela recebeu pouco mais de R$ 300 mil para estrelar, nas redes sociais, a campanha de uma máquina de débito.

Em campanhas maiores, que envolvem várias iniciativas, como participação em eventos, filmes publicitários e viagens, esses cachês podem se multiplicar, porque estão inseridos em uma estratégia de marketing maior, e os valores das fotos postadas nas redes sociais se diluem em meio às diversas iniciativas.

"Os preços variam de acordo com quantas postagens serão feitas e o período de ação. No Natal, por exemplo, esses valores costumam subir", diz Rafael Arty, gerente de Marketing de Influência da Influency.me. "Há celebridades que quando estão gravando novela cobram até seis vezes mais do que quando estão na geladeira", contabiliza.

Há ainda acordos de permuta, como roupas, jóias e outros acessórios utilizados pelas estrelas. Com 27 milhões de seguidores no Instagram, Marina Ruy Barbosa, por exemplo, recebeu toda a coleção da marca italiana de alta costura Dolce&Gabbana, segundo pessoas próximas à negociação. Pouco tempo depois, a atriz posou ao lado de uma bolsa da marca no Instagram.

Mas, se o trabalho for por cachê, Marina não clica por menos de R$ 100 mil, mesmo valor cobrado por Anitta e Bruna Marquezine, suas principais rivais nesse tipo de ação de marketing. Grazi Massafera, em quinto lugar, cobra R$ 70 mil, segundo o levantamento da Influency.me.

Quem tem mais credibilidade?
Na semana passada, o Instituto Ibope Repucom atualizou a pesquisa anual CelebScore. Foram entrevistadas 2.000 pessoas durante cinco semanas para avaliar quais são os famosos de TV mais importantes do país.

O instituto abordou indivíduos de todas as classes sociais, sexo, idade, faixa de renda e regiões do Brasil, perguntando, de uma relação extensa, quais celebridades o eles conheciam, por quais se interessavam, em quais acreditavam e quais julgavam serem bons representantes de marcas. A campeã foi... Ivete Sangalo, técnica do reality show The Voice Brasil, com 23,3 milhões de seguidores no Instagram. 

E por que Ivete, se Bruna Marquezine tem mais seguidores na rede social (31,2 milhões)? Porque a baiana fala com um público maior, de 8 a 80 anos, enquanto a namorada do jogador Neymar Jr. é uma excelente opção para uma empresa, marca ou produto se comunicar melhor com o público jovem, seu seguidor. Fora o fato de que o público mais velho no Instagram não é tão velho.

"Com a pesquisa, tiramos um pouco do achismo na hora da decisão das empresas sobre quais celebridades escolher", analisa José Colagrossi, diretor executivo do Ibope Repucom. "Muitas vezes, a celebridade é muito conhecida, mas não é um bom representante para a marca nem se comunica tão bem com o público".

Segundo Colagrossi, Ivete se mantém há pelo menos três anos no topo. "A Marina Ruy Barbosa subiu bastante, em especial, no quesito credibilidade. E a Grazi Massafera [12,9 milhões de seguidores], por incrível que pareça, conquistou ainda mais simpatia do público depois da separação [do ator Cauã Raymond]", afirma.

Artur meninEa/TV GLOBO

Com 30,5 milhões de seguidores no Instagram, Anitta cobra R$ 100 mil por um único clique 

Segundo o diretor de Criação da agência África, Paulo Medeiros, o Feijão, que atende clientes do mercado financeiro, existem ferramentas que mapeiam as celebridades de acordo com a característica mais relevante para a marca, como empatia e aproximação do público, e se ela fala a língua do público-alvo, entre outros atributos".

A professora de Planejamento em Mídias Digitais da FGV, Amyris Fernandez, explica que a as redes sociais aproximaram o contato do público com os artistas. Os fãs, então, passaram a idealizar que são amigos da celebridade. A idolatria, no entanto, continua a mesma do século passado, e os fãs ainda "querem vestir a roupa que ídolo veste, o perfume que usa etc".

"As celebridades brasileiras estão em uma nova tendência agora. É a mesma estratégia utilizada no exterior por celebridades altamente profissionais na internet, como Lady Gaga, que é o de se atrelar a uma causa, como combate ao racismo ou causa LGBT", analisa.

A professora da FGV lembra dos casos do ator Bruno Gagliasso e de sua mulher, a apresentadora do Superbonita, do canal pago GNT, Giovanna Ewbank, que, adotaram a pequena Titi e, hoje, postam informações, opiniões e fotos em clara campanha antirracista. E também de Bela Gil, cujos posts divulgam um estilo de vida saudável. Ou ainda de Pabllo Vittar, ligado, claro, à causa LGBT.

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