JOÃO AUGUSTO LIBERATO
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João Augusto Liberato na coletiva da campanha Gugu Vive; universitário pretender seguir carreira do pai
ELBA KRISS e ERICK MATHEUS NERY
Publicado em 19/11/2020 - 17h39
Atualizado em 19/11/2020 - 19h27
Filho mais velho de Gugu Liberato (1959-2019), João Augusto Liberato afirmou que pretende seguir a carreira do pai. Nesta quinta-feira (19), o universitário comentou sobre seus planos para o futuro e destacou o desejo de se tornar um apresentador. "Quero ser uma pessoa da mídia", disse ele.
"No futuro, vou querer sim. Talvez relacionado à TV. Acredito [que posso ser apresentador], tenho pensamentos. Meu pai era um grande comunicador", afirmou João, no lançamento da campanha de doações de órgãos #GuguVive, nesta quinta em São Paulo.
Atualmente, o herdeiro de Gugu cursa Comunicação e Administração de Empresas em uma faculdade nos Estados Unidos.
"Estou gostando bastante. Eram duas coisas que o meu pai também gostava bastante e vai ser isso que vou seguir", pontuou. Ele também disse que pensa em voltar a morar no Brasil, após o término do curso.
Após a coletiva de imprensa sobre a campanha de incentivo a doação de órgãos organizada pela família, João desabafou que sente falta do pai "em tudo" e comentou sobre a tradição mantida pelo apresentador, na qual os familiares se reuniam no Natal: "Era como a gente sempre passava, e é assim que vamos passar neste ano", declarou.
Maria do Céu, 91 anos, também estava presente na coletiva de imprensa #GuguVive para incentivar e conscientizar a população sobre a doação de órgãos. Emocionada, a matriarca da família destacou que a atitude generosa de seu filho pode salvar e melhorar a vida de mais de 50 pessoas. Isso fez todos se unirem para criar a campanha em nome do comunicador.
A ideia de lançar o projeto no mês em que a morte de Gugu completa um ano (mais precisamente no dia 21) não é coincidência. Para a mãe do apresentador, os últimos meses não foram fáceis. "Foi muito difícil, muitas saudades. Tenho muita saudade do meu filho", disse.
"Eu ficava muito na casa dele [em Alphaville]. Um tempo lá e um tempo aqui [na casa dela]. No fim de semana, ia para a casa dele e ficava lá quatro dias, sempre! Só quando ele viajava que não. Então, bate muita saudade. Quando chega a sexta-feira, queria estar lá", lamentou.
Na sexta-feira (20), Maria do Céu pretende visitar o túmulo do filho no Cemitério Gethsêmani do Morumbi, onde o artista foi enterrado. Ela revela que essa é uma rotina que cultivou nos últimos meses. "Vou sempre. Amanhã vou lá também. Está tudo bonitinho lá, sempre cheio flores. Está muito cuidadinho, muito lindo", contou.
Em agosto último, a veterana passou o primeiro aniversário dela sem Gugu. "Muito triste, mas a gente tenta se conformar, com a ajuda dos netos", contou. Os netos, aliás, prometem grandes alegrias para ela e a família.
Além de João, a avó coruja adianta que outra herdeira pode seguir na área artística. "Eu acho que ele até gosta. Está no sangue. Minha neta diz que quer fazer Cinema, a Marina", entregou.
Em vida, Gugu Liberato comunicou a seus parentes e amigos que tinha o desejo de ser doador de órgãos. Após atender o pedido do apresentador, a família soube que órgãos, tecidos e ossos foram para pacientes necessitados, que tiveram suas vidas salvas ou melhoradas graças ao ato.
Eles também tomaram conhecimento de que o número de doadores aumentou desde a morte do artista. A informação é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
Segundo a organização, o fato de uma celebridade nacional ter se declarado doadora conscientizou a população sobre o tema. Diante disso, a família Liberato decidiu criar a campanha em nome de Gugu.
Em parceria com a Our Legay, instituição que cuidou de todos os trâmites referentes à retirada dos órgãos do apresentador, e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, a família Liberato agora irá à TV e à internet para esclarecer mitos e explicar a importância de as pessoas se declararem doadoras.
João Augusto, Marina e Sofia Liberato, filhos do comunicador, Maria do Céu, mãe, Aparecida e Amandio Augusto, irmãos, serão vistos em um comercial e em ações para redes sociais, explicando que doação de órgãos e tecidos é um ato de solidariedade e amor.
"A gente sabia que esse [doar órgãos] era o desejo do meu pai. Ele havia dito isso para a gente quando estava vivo. E o fato de sabermos que estávamos salvando mais de 50 vidas foi o que aqueceu nossos corações. O sofrimento ainda existe, mas diminui", explicou João.
"A morte do nosso pai foi muito dolorosa. Com essa campanha, nós achamos que criou uma alegria dentro da gente. Acho que meu pai está muito alegre lá em cima sabendo que estamos fazendo parte dessa campanha", declarou Marina. "É muito lindo o que estamos fazendo aqui. O meu pai sempre ajudou os outros. A gente está aqui para honrá-lo e fazer o que ele sempre fazia", completou Sofia.
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