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LIMINAR NA JUSTIÇA

Felipe Neto vence batalha contra família Bolsonaro e se livra de investigação

REPRODUÇÃO/TWITTER

De preto, Felipe Neto olha para a câmera em vídeo publicado no Twitter

Enquadrado na Lei de Segurança Nacional, o youtuber Felipe Neto conseguiu uma liminar na Justiça

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/3/2021 - 12h40
Atualizado em 18/3/2021 - 12h54

A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu as investigações contra Felipe Neto por suposto crime na Lei de Segurança Nacional (LSN). A pedido do vereador Carlos Bolsonaro, o youtuber virou alvo da Polícia Civil por chamar o presidente Jair Bolsonaro de "genocida". Nesta quinta-feira (18), o influenciador digital usou as redes sociais para comemorar a liminar.

Na decisão, a juíza Gisele Guida de Faria, da 38ª Vara Criminal do RJ, classificou a investigação como uma "flagrante ilegalidade" e apontou que esse tipo de caso seria de responsabilidade da Polícia Federal.

"Além do fato de a autoridade impetrada não ter atribuição para a investigação, que é, repita-se, da Polícia Federal, cuidando-se, em tese, de crime praticado contra a honra do presidente da República e previsto na Lei de Segurança Nacional, sua apuração somente poderia ter sido iniciada por requisição do Ministério Público, de autoridade militar responsável pela segurança interna ou do Ministro da Justiça", apontou a juíza, em trecho publicado pelo site G1.

Caso não tivesse conseguido a liminar, Felipe Neto precisaria prestar um depoimento na Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde desta quinta.

"Eu sempre confiei nas instituições, e essa decisão só confirma que ainda vivemos em uma democracia, em que um governante não pode, de forma totalmente ilegal, usar a polícia para coagir quem o critica", disse o youtuber.

Veja abaixo o post em que Felipe Neto comemora a decisão da Justiça:

Felipe Neto x Bolsonaro

Felipe foi intimado a depor a pedido de Carlos Bolsonaro, segundo filho do presidente, que abriu uma queixa-crime acusando o youtuber de calúnia e crime contra a segurança nacional por ter chamado seu pai de "genocida". O comentário foi motivado pela revolta com as ações do Governo Federal na pandemia. O influenciador digital foi apoiado por artistas.

"Não sei exatamente como ele [Carlos Bolsonaro] gostaria que eu me referisse ao presidente da República, um presidente que chamou reiteradamente a maior pandemia que se viu em muitos anos de 'gripezinha'. Um presidente que incentiva a todos a saírem às ruas como se nada estivesse acontecendo, que provocou aglomerações em todos os momentos desta pandemia e que sabotou medidas de prefeitos e governadores que tentaram agir contra a propagação desse vírus", enfatizou Neto, em vídeo no último dia 15.

"O objetivo da família Bolsonaro não é mais colocar medo em mim. Eles sabem que tenho uma estrutura enorme para me defender. O objetivo é botar medo em você. Para que você tenha medo de falar, por achar que irão te perseguir", alertou ele aos seus seguidores. "Vou enfrentar essa tentativa de silenciamento por parte desse governo e vou continuar sem medo", completou.

Nesta quinta, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, antecipou que Neto está montando uma frente de advogados, a "Cala a boca já morreu", para defender gratuitamente pessoas que criticarem o presidente Jair Bolsonaro ou por expressarem uma ideia contra qualquer autoridade pública.


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