ISA PENNA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Fátima Bernardes em foto no Instagram; apresentadora se revoltou com caso de assédio na Alesp
Fátima Bernardes se revoltou com o assédio sexual sofrido pela deputada Isa Penna (PSOL) na Alesp (Assembleia Legistiva de São Paulo), na última quarta-feira (16). A apresentadora defendeu a parlamentar e lembrou que episódios como esse são frequentes no ambiente de trabalho. "Infelizmente, esse caso não é uma exceção", lamentou.
Nos Stories do Instagram, a apresentadora do Encontro, que está afastada do trabalho em recuperação da cirurgia de retirada um câncer no útero, afirmou que o "assédio praticado pelo deputado Fernando Cury não pode cair no esquecimento".
"A Isa Penna não vai se esquecer e nós, mulheres que exigimos respeito e igualdade no ambiente de trabalho, também não", reforçou a namorada do deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE).
"Infelizmente, esse caso não é uma exceção. 27% das trabalhadoras brasileiras já sofreram abordagem sexual no trabalho", completou, em referência a uma pesquisa do Instituto Locomotiva que mostrou que mais de 17 milhões de mulheres já passaram por essa situação --contato físico, tentativa de ser agarrada ou apalpada-- no ambiente corporativo.
Um vídeo da sessão plenária da última quarta mostra Isa Penna conversando com o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), quando o deputado Fernando Cury (Cidadania) se aproxima da Mesa Diretora, se coloca atrás da deputada e põe a mão na lateral de seus seios.
"Me sinto enojada", declarou a parlamentar, de 29 anos, em entrevista à CNN Brasil. Ela registrou um boletim de ocorrência contra Cury e também entrou com uma representação. Além disso, criou um abaixo-assinado pedindo a cassação do parlamentar. "Não descansarei! É por todas nós", reiterou.
No entanto, Isa diz não esperar que o deputado seja punido. "Nunca vi um deputado sequer sofrer uma sanção. O espaço do parlamento é um espaço absolutamente violento. O assédio é cotidiano", relatou.
Na sessão do dia seguinte, Fernando Cury disse que estava "constrangido" e "triste", e se desculpou pelo que chamou de "abraço". "Gostaria de frisar que não houve, de forma alguma, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa", afirmou. "Eu nunca ia fazer isso na frente de 100 deputados". Ele foi afastado de suas funções no Cidadania, que avalia a expulsão.
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