SANTO DAIME
REPRODUÇÃO/YOUTUBE
Maitê Proença em entrevista à Angélica; ela defende daime como forma de autoconhecimento
Maitê Proença assumiu que ficou "fanática" pelo ayahuasca --chá alucinógeno de origem amazônica utilizado com fins ritualísticos-- durante três anos. A atriz ressaltou que não considera o daime como um entorpecente, apesar de acreditar que outras substâncias do gênero também podem ser utilizadas como forma de autoconhecimento. "Eu tomei todas as drogas que eu quis tomar", disparou ela.
A artista abriu o jogo sobre a sua experiência com a bebida em entrevista a Angélica nesta segunda (5). "Eu tomei ayahuasca por três anos seguidos. Fiquei fanática e ainda bem, porque não teria tido efeito se não tivesse sido fanática. Foi ótimo ser fanática. Eu fui sem ego, sem pensamento, para fazer uma experiência de autoconhecimento", explicou ela.
"Eu tomei todas as drogas que eu quis tomar, mas o daime não é uma droga. Tanto que eu ia com medo, com palpitações, porque todas as vezes era uma nova conquista para mergulhar dentro de mim. Foi um divisor de águas. Eu era uma pessoa e virei outra. É transformar para quem faz", acrescentou.
Maitê frisou que o processo deve ser feito com seriedade, seja qual seja o meio para abrir as portas da percepção:
Sempre foi proposto pelo Timothy Leary [psicólogo, neurocientista e professor de Harvard] quando ele entrou com a coisa do LSD, dos cogumelos, das culturas que usam essas drogas do saber, elementos da natureza, que você tem que fazer com propósito. A análise não faz isso. É racional. E a gente está falando de um todo. O racional, de perto, engana.
A artista ainda se manifestou a favor da liberação das substâncias para esse uso. "Eu acho que tem que liberar tudo. As pessoas têm medo de ir ao encontro com elas mesmo. Você só vai encontrar você. Não um monstro. Só não dá para fazer na brincadeira. Não é disso que a gente está falando", alertou ela.
Angélica ainda questionou Maitê Proença sobre se relacionar com uma pessoa do mesmo sexo, sem citar nominalmente Adriana Calcanhotto. A atriz, inclusive, já teria colocado um ponto-final no relacionamento:
Eu acho que essa coisa com o auê de ser uma pessoa do mesmo sexo… Na minha cabeça não é assim. É só mais uma pessoa. Então eu gosto daquela pessoa. É a pessoa que me interessa. O gênero não pode ser tão prioritário. Aquele indivíduo tem uma complexidade, várias características, entre elas, o fato de ser mulher. Existem outros valores que vem na frente.
Maitê também admitiu que entrou em depressão por causa de um amor malfadado. "Arrastei correntes. Sofri, emagreci. O frisson da paixão é um elemento muito importante. Fica mais legal, se apaixonar é uma delícia, mas o desapaixonar", brincou ela.
Ela espera não passar outra vez pela experiência. "Deus me livre e guarde. Não tem nenhuma dica, porque você vai se estropiar e que bom que seja assim. Se não, você vive uma vida morna", declarou a intérprete.
Confira a entrevista de Maitê Proença na íntegra:
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