POSICIONAMENTO POLÍTICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Cassia Kis contracenou com Antonio Fagundes em Por Amor (1997); ator comentou posição da colega
Par de Regina Duarte e Cassia Kis em Por Amor (1997), Antonio Fagundes virou alvo de memes que associavam o personagem Atílio aos comportamentos controversos das atrizes pró-Bolsonaro nos últimos anos. O veterano defendeu o direito de as artistas se posicionarem, mas criticou as manifestações de caminhoneiros e os protestos antidemocráticos --nos quais a intérprete de Cidália em Travessia esteve algumas vezes.
"Eu me lembro sempre de uma frase maravilhosa do Voltaire [1694-1778]: 'Posso não concordar com nenhuma de vossas palavras, mas defenderei até a morte o vosso direito de pronunciá-las'. Ela tem o direito de se posicionar. Naturalmente, ao fazer isso, vai arcar com as posições que tomou", disparou o artista.
Intérprete do caminhoneiro Pedro em Carga Pesada (1979-1981 e 2003-2007), Fagundes também comentou sobre os bloqueios feitos pela categoria após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.
"Vamos respeitar a opinião dessas pessoas desde que elas cumpram a lei. E cumprir a lei é não obstruir estrada, né? Todo mundo tem o direito de se manifestar, deve-se exercer esse direito, mas sem impedir os outros de exercer os seus", opinou o veterano em entrevista ao jornal Extra.
O ator também falou sobre o impacto do governo Bolsonaro na cultura: "Nos últimos anos, houve um desmonte de todas as instituições sérias do país. Em todas as grandes nações do mundo a cultura está à frente de tudo".
Fagundes também exaltou o trabalho em O Rei do Gado (1996), reprisada atualmente no Vale a Pena Ver de Novo. "Eu acho que todo trabalho popular, que as pessoas curtem, acaba sendo um divisor de águas. E foi o que aconteceu com O Rei do Gado. Eu tinha acabado de fazer Renascer [1993], que foi uma novela deslumbrante também do Benedito Ruy Barbosa, e eu confesso que achei que seria difícil duplicar esse talento. Mas o Benedito mostrou que ele não tem fim, que o trabalho dele realmente tinha uma consistência extraordinária, e O Rei do Gado provou isso."
"A gente não teve muito tempo de preparação. Ficamos imersos no interior de São Paulo uns dois ou três meses. Acabada a primeira fase, teve um intervalo de quatro a cinco dias para começar a segunda", disse o intérprete do protagonista Bruno Mezenga.
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