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Porchat e Carioca do Pânico se estranham em público: 'Só de olho na lacração'

MONTAGEM/DIVULGAÇÃO

O comeadiante Márvio Lúcio, conhecido como o Carioca do programa Pânico, durante entrevista na Globo

Márvio Lúcio, o Carioca do Pânico, não gostou de crítica de Fábio Porchat em mensagem postada no Twitter

REDAÇÃO

Publicado em 22/9/2019 - 8h12
Atualizado em 22/9/2019 - 10h45

Márvio Lúcio, o Carioca, e o humorista Fábio Porchat trocaram farpas pelo Twitter. Após famosos declararem luto nas redes sociais por causa da violência no Rio de Janeiro, que fez mais uma criança vítima fatal neste fim de semana, o ex-Pânico postou uma mensagem apontando oportunismo dos artistas na tragédia. Disse que alguns estão "só de olho na lacração". Porchat criticou Carioca publicamente e levou uma invertida. 

"Você precisa se unir mais aos seus colegas da comédia, e não aparecer somente para lacrar", alfinetou Carioca, pedindo respeito ao apresentador do GNT. Depois, foi a vez de Gregório Duvivier entrar no meio e afirmar que lamenta por Carioca "está sendo manipulado" e achar que a "culpa [da violência] é da maconha".

O desentendimento pela rede social começou na noite de sábado (21), após os protestos pela morte da menina Ágatha Félix, 8 anos, durante uma operação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, repercutirem o dia todo. 

O primeiro post foi do Carioca. "Só de olho na lacração, fazendo campanha contra a violência no Rio... Desculpa, mas tem muitos ali que todos sabem que gostam muito da farinha e da erva... Alimentam o mecanismo e querem bancar a paz? Hipócritas! É o poste mijando no cachorro", escreveu Carioca no final da tarde de sábado.

Porchat retuitou o comentário do colega de profissão, o criticando: "Vamos discutir a descriminalização então? Vamos discutir política pública? O que você sugere? Guerra as drogas? Não tem funcionado. Não sei se você chegou a ver que mataram uma menina de 8 anos. Mas a culpa é da lacração mesmo", cutucou o apresentador.

Segundo round

No rebate, o ex-Pânico pediu respeito à sua opinião e demonstrou toda a sua insatisfação com Porchat. "Pô, Nunca fui na sua TL [timeline], colocar o povo contra você, nunca! Respeito a sua opinião. 'Tipo peido de vaca e camada de Ozônio', não fui querer tirar uma lasca... Você precisa se unir mais aos seus colegas da comédia, e não aparecer somente para lacrar", alfinetou Carioca.

Até a manhã deste domingo, Porchat não tinha voltado a se manifestar na rede social. Não deu resposta ao colega que disse que ele só queria lacrar.

Porém, um amigo do apresentador, o também humorista Gregório Duvivier debochou da mensagem inicial de postada por Carioca: "Claro! A culpa é da maconha. Pqp. Gênio", escreveu.

A partir daí, a história ganhou novos contornos com Carioca revelando que já sentiu na pele o que é a violência no Rio de Janeiro.

"Vou te contar algo. Nessa violência do Rio, perdi meu primo PM [Policial Militar] há 13 anos. Meu pai foi baleado há 8 anos, ja vi um amigo ser assassinado. Fugi de São Gonçalo por traumaaa! Não olho a violência de binóculos do Leblon para o Vidigal", provocou o ex-Pânico.

Para quem não sabe, São Gonçalo é um município na região metropolitana do Rio, enquanto o Leblon é um dos bairros nobres da capital fluminense e que fica vizinho ao morro do Vidigal. Já lacração é uma gíria que significa fechar com chave de ouro, ser bem-sucedido, arrasar.

Drogas e tráfico

Dois minutos depois do Carioca responder Duvivier, o ator e escritor retrucou: "Meu amigo, sinto muito pelas suas perdas. Mas a maconha não tem porra nenhuma a ver com elas. Você tá sendo manipulado. A culpa é do Estado, a culpa é da proibição que, ela sim, fomenta o tráfico".

Duvivier e Porchat são profissionais multimídias e amigos, trabalhavam juntos no Porta dos Fundos. Já Carioca está fora da TV, dedicando-se principalmente ao teatro.

As mensagens com troca de farpas já contam com quase 50 mil curtidas. Muitos se manifestaram a favor e contra o Carioca ou o Porchat ou o Duvivier.

"Esses globais são um bando de imbecis, só aparecem pra querer lacrar mesmo", postou Rogério Pulga. "A turma da lacração tá que tá hoje fazendo política com a morte de uma inocente", comentou Charles Head.

"Há décadas executam gente, invadem casas, colocam fuzil na mão de garotos. O problema não é a droga, mas o aparato bélico desses caras, descriminalizar é outra questão. Não pense que a realidade das favelas é o que se vê nas bocas de fumo da zona sul", escreveu Victor Rosemberg em resposta ao comentário de Porchat.

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