INCANSÁVEL
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Erika Januza em ensaio da Viradouro e com Grazi Massafera e Rita Pereira em Dona Beja
Erika Januza entra na Marquês da Sapucaí na madrugada desta segunda (12) à frente da bateria da Unidos do Viradouro, agremiação da qual é rainha pelo terceiro ano consecutivo. O desfile marcará o fim de uma maratona que tiraria o fôlego de musas menos preparadas, mas não o da atriz de 38 anos. "Tento ser uma rainha presente. Não por obrigação, mas porque me faz feliz", diz ela.
Além das suas funções na escola de samba de Niterói, Erika está dedicada às gravações de Dona Beja, novela da HBO Max na qual interpreta Candinha --que foi vivida por Nina de Pádua na versão que a Manchete apresentou em 1986.
"Sempre acontece de eu estar gravando no período do Carnaval, graças a Deus. Aí, não tem jeito, vira aquela correria, saio de Dona Beja correndo, vou me arrumando no carro, faço o possível para ir. A rainha tem que acompanhar a escolha do samba, os ensaios, precisa participar", ressalta a atriz em conversa exclusiva com o Notícias da TV.
Para quem gosta mesmo de Carnaval, como é o caso da mineira, a emoção da folia toma conta muito antes de pisar na Marquês de Sapucaí. "Começa nos ensaios, a comunidade vai em peso, a quadra fica lotada, todo mundo canta junto e se engaja pelo amor à escola. Chova ou faça calor, está todo mundo lá. Eu me emociono só de pensar, todo ano eu choro (risos)."
O amor pela folia, assegura ela, vem desde a infância. "Minha mãe deixava eu ficar acordada a madrugada toda, até de manhãzinha, para ver os desfiles (risos). Quando me mudei para o Rio de Janeiro, não podia ficar longe. Acho tudo muito contagiante, muito lindo, a comunidade vai porque gosta, eu vou porque gosto, ninguém me obriga a estar lá!", admite.
Dona Beja será o segundo trabalho televisivo de Erika fora da Globo --no ano passado, ela interpretou a bruxa Latifa na série A Magia de Aruna, do Disney+. Foi sua estreia em um projeto voltado especificamente para um público mais jovem. "Eu vinha de muito ação, muito drama, fazer algo mais leve foi muito bom. Gosto muito da possibilidade de buscar coisas diferentes na carreira."
Agora, ela mergulha em sua primeira trama de época --as gravações devem ocorrer até março, mas ainda não há previsão de estreia na HBO Max (que já se chamará Max quando a novela for lançada). Depois de tanto tempo na emissora líder de audiência, a atriz ainda se surpreende com a mudança.
"É diferente, porque são lugares distintos, mas a qualidade é a mesma. Eu sinto um cuidado muito grande, tem muitas cenas de intimidade, e nós somos muito protegidos", valoriza. "É um remake, mas muito diferente, nós vemos as licenças poéticas na construção da Dona Beja [Grazi Massafera], mas sem perder o viés daquela mulher forte que domina uma cidade."
Erika não adianta muito sobre Candinha por medo de falar demais, mas valoriza uma qualidade da personagem. "Da boca dela saem frases que eu gostaria de dizer na vida real. Ela vem carregada de representatividade. Não levantamos bandeira de nada, mas chega de uma maneira sutil, entende? Eu tenho falas tão necessárias, fico feliz de dizer todas elas", aponta ela.
O regime de contrato fixo, em que um elenco ficava preso à Globo durante anos e não podia trabalhar na concorrência, é mesmo coisa da passado para Erika. "É claro que a sensação de ser mandada embora não é boa, na época pensei: 'E agora? Estou desempregada!'", admite.
"Mas percebi que a diversidade de plataformas dá uma abertura maior para todo mundo. Não só elenco; tem o pessoal da técnica, do figurino, muita gente que trabalhou comigo lá está agora em Dona Beja. Foi assustador no começo, mas agora é gostoso. E eu sigo na Globo também, faço Arcanjo Renegado para o Globoplay. Estou sempre trabalhando, graças a Deus (risos)!"
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