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PRECONCEITO RACIAL

Erika Januza revela que já foi confundida com acompanhante de luxo

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Erika Januza em cena da novela Amor de Mãe, da Globo

Erika Januza em cena de Amor de Mãe; atriz revelou preconceito sofrido por namorar homem branco

REDAÇÃO

Publicado em 24/3/2020 - 10h42

Vítima de preconceito por ser negra, Erika Januza revelou que já foi confundida com uma acompanhante de luxo durante um encontro com um homem branco. "A sociedade olha julgando. Já passei por situações em que achavam que eu era 'acompanhante' de gringo", contou a atriz, que estava no ar em Amor de Mãe --novela paralisada como medida de prevenção contra o coronavírus (Covid-19).

Erika declarou que já se acostumou a ser chamada de "palmiteira", termo usado para ofender pessoas negras que só se relacionam com pessoas brancas. "Acredito ser semelhante à segregação. Queremos esse período de volta? Quando me interesso por alguém, a cor da pele não está em jogo", defendeu a funcionária da Globo em entrevista à edição de março da revista Glamour.

A intérprete de Marina na trama de Manuela Dias também ressaltou que vive uma luta diária por não se enquadrar dentro do padrão de beleza imposto pela sociedade. "O que não podemos esquecer é da solidão da mulher negra. Não sou uma mulher que é desejada quando saio. Quando nós, negras, falamos isso, ninguém acredita. É histórico e doloroso", lamentou.

Questionada sobre como é ser uma mulher negra no Brasil, Erika definiu como uma experiência difícil, mas que em outra vida quer voltar da mesma forma. "[Ser mulher negra no Brasil] é ser preterida em muitas fases da vida, ter dores incompreendidas e batalhar dobrado. Mas, nossa, como somos fortes. Não tem outro jeito. Ser mulher negra também é ser realeza, linda e incomodar", avaliou.

Ainda na entrevista, a atriz revelou que precisou da ajuda de um coach para super uma síndrome do impostor, quando não se achava boa atriz o suficiente.

"Não consegui sair desse ciclo de negatividade até procurar um coach. As pessoas têm preconceito, mas o coach transformou essa fase da minha vida. O meu tratamento foi na base do choque. Ele me perguntava se eu iria ficar me lamentando sem correr atrás do que almejava. Aí reagi. Tudo bem procurar ajuda", relatou. 

"Parei de esperar as coisas acontecerem. Eu mesma tenho ido ao encontro das minhas conquistas. Ligo, procuro. E tudo isso tem a ver com o fato de eu querer falar mais este ano", completou Erika. 

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