Destemido
Reprodução/Instagram
Roberto Justus em Miami, Estados Unidos, em janeiro deste ano; ele se gaba de ter uma boa saúde
FERNANDA LOPES e KELLY MIYASHIRO
Publicado em 24/3/2020 - 5h34
Atualizado em 24/3/2020 - 14h41
Roberto Justus tem feito duras críticas à conduta mundial de prevenção contra o coronavírus (Covid-19), que envolve isolamento social e fechamento do comércio. O apresentador acha que tudo deveria estar funcionando normalmente e que a população deveria pegar a doença logo, para produzir anticorpos. Ele mesmo, que aos 64 anos faz parte do grupo de risco por idade, afirma que não tem medo do perigo que corre.
"Eu nunca bebi álcool, nunca fumei cigarro. Eu sou esportista, tenho uma saúde boa, um pulmão bom, faço check-up todo ano, não tenho o menor risco de pegar o vírus e ir parar na UTI", acredita. "Não é por isso que eu não vou me cuidar, eu lavo a mão, não levo a mão no rosto, passo álcool em gel, eu faço essas coisas", ressalta, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.
Mesmo confiante de que não terá nada além de uma leve gripe se pegar o vírus, Justus afirmou, em um vídeo publicado no Instagram na segunda (23), que sabe que faz parte do grupo de risco e está isolado em casa. Ainda assim, ele deixou claro que considera que só quem for idoso ou tiver algum problema crônico de saúde deveria se fechar.
O vídeo de Justus foi curtido e aplaudido por algumas personalidades, como o cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, o cantor Latino e o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O apresentador e empresário defende que os adultos e crianças saudáveis precisam seguir suas vidas normalmente. "As crianças não correm risco. Não teve nenhum caso de criança morta no mundo. E se teve caso de jovem doente, era porque já tinha um problema de saúde, como imunidade baixa. Libera escola, libera as pessoas para trabalhar, porque o nosso país não pode parar, porque isso vai causar caos", opina.
"Vai morrer muito mais gente. Cerca de 500 mil pessoas morrem de gripe por ano, e o mundo parou por isso? Sendo que morreram [de coronavírus] 15 mil até agora. Eu não entendo essa lógica, olha a diferença entre esses números", diz ele, indignado.
Justus tem se pronunciado sobre o assunto após o vazamento de um áudio enviado para Marcos Mion nas redes sociais, no domingo (22). Na mensagem, ele reforçava a ideia de que a Covid-19 é apenas uma gripezinha e que causará mais problemas para a economia do que em relação ao número de mortos, que ele considera baixo.
"Vamos falar de 25 mortos no Brasil. Agora, vamos falar se for para 250, ou 2500 mortos. É uma tristeza? É, mas quem está morrendo? Vamos olhar a estatística de quem está morrendo? As pessoas idosas e as pessoas que têm alguma doença crônica, seja diabetes, problema circulatório, ou problema de circulação", diz.
"Para as pessoas saudáveis, esse negócio nada mais é do que uma gripe. O Brasil não pode parar. Se o Brasil parar durante três, quatro meses, vai levar anos para resolver esse problema. Vamos criar um problema social no Brasil sem precedentes, e é isso que eu estou tentando alertar."
O empresário explicou sua perspectiva ao vivo no Aqui na Band de segunda-feira (23) e em uma publicação em seu perfil no Instagram. Ele ainda declara que já saiu do grupo de WhatsApp para o qual havia enviado o áudio vazado.
"Era um grupo de sete pessoas, amigos e empresários, mas eu saí. Não vou ficar em um grupo em que não posso confiar nas pessoas. Pelo áudio, parece que eu sou uma pessoa que só se preocupa com dinheiro. Pelo contrário, quem mais se preocupa com a economia é quem tem recursos para atravessar esse período de recessão", afirma Justus.
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