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NA JUSTIÇA

Dez anos após morte de Eliza Samudio, goleiro Bruno aguarda exame de DNA do filho

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM E ARQUIVO PESSOAL

Montagem com imagens do Goleiro Bruno e de Eliza Samudio segurando Bruninho ainda bebê no colo

Goleiro Bruno pediu exame de DNA de Bruninho; menino quer que o pai fique preso para sempre

REDAÇÃO

Publicado em 12/8/2020 - 9h26

Ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes está aguardando a realização de um exame de DNA para ter certeza que é pai de Bruninho, apontado como seu filho com Eliza Samudio, assassinada em 2010. O menino, por sua vez, declarou que não quer conhecer o pai e acredita que ele não deveria estar solto: "No mínimo, deveria ficar em prisão perpétua, porque acho uma sacanagem tirar a vida de um ser humano", disse o garoto.

O pedido de exame foi feito em 2014, mas exige que o menino, que mora no Mato Grosso do Sul, vá até Minas Gerais para que o teste seja feito. "Em 2010 ofereci o meu material genético e do meu neto, e o Bruno não quis. Toda a vida disse que não tinha necessidade de fazer [o exame]. Por que agora diz que não pode ser o pai?", questionou Sônia Silva Moraes, mãe de Eliza, em entrevista para o jornal Extra.

O goleiro afirmou recentemente no Instagram que ainda aguarda a realização do exame, que segue com o pedido na Justiça. "Primeiro temos que saber do resultado do DNA, se for comprovado, com certeza terá muitas fotos com ele", escreveu Bruno, quando foi cobrado sobre ter fotos apenas com a filha. A resposta, no entanto, foi apagada mais tarde, e os comentários da publicação foram suspensos.

Já Bruninho afirmou que não quer conhecer o pai por sentir medo: "Ele é uma ameaça para a sociedade, e eu me sinto muito ameaçado com isso". A declaração foi feita em um áudio enviado pela avó ao site ContilNet no Dia dos Pais. Segundo Sônia, o menino ainda não sabe como a mãe foi morta, apenas tem conhecimento de que o pai estava envolvido no crime.

"Ele ficou assustado, porque eu contei que o pai dele matou uma pessoa e havia tentando contra a vida de uma outra, mas que essa outra pessoa estava viva e bem. Mas quando ele perguntou quem era a outra pessoa, eu respondi: 'era você'", relatou a mãe de Eliza. "Ele só não tem conhecimento da forma como a mãe foi assassinada", afirmou a avó, que tenta blindar o neto dos detalhes.

"Sempre quando passa algum noticiário sobre o pai dele, eu desligo a TV. Fico vigiando, mas uma hora ele vai entrar na internet e descobrir muitas coisas. Ele sabe que a mãe dele foi morta, que os assassinos sumiram com o corpo e que o pai foi condenado", explicou Sônia, que tem a guarda do menino desde a morte da filha.

O crime

O jogador de futebol foi preso em 2010 como suspeito de ter planejado o sequestro da modelo e mãe de seu filho, Eliza Samudio. Após investigações e julgamento, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, além do sequestro e cárcere privado de Bruninho.

Durante as investigações sobre o desaparecimento, uma das testemunhas do caso relatou que a moça teria sido morta por estrangulamento, e que seu corpo teria sido esquartejado e enterrado sob uma camada de concreto. Na época, Bruno estava no auge de sua carreira de goleiro, atuando pelo Flamengo.

Em julho de 2019, no entanto, o atleta obteve progressão de pena e foi liberado para o regime semiaberto. Desde que deixou a prisão, tentou retomar a carreira de goleiro, mas por causa do crime, não conseguiu se firmar em nenhum time.

No início de agosto, em mais uma tentativa de seguir a carreira, Fernandes foi apresentado como novo goleiro do Rio Branco Futebol Clube, que está na série D do Campeonato Brasileiro, e já começou a treinar com o elenco. O contrato é de seis meses e prevê também a disputa da Copa Verde e do Campeonato Acreano.

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