Com medo de se acomodar na TV, Marina Ruy Barbosa faz cinema pela primeira vez

Aos 23 anos de idade, Marina Ruy Barbosa já é uma veterana da televisão. Afinal, ela estreou em 2002, em Sabor da Paixão. Atualmente uma das grandes estrelas da Globo, a ruiva encara um desafio inédito na carreira: fazer um filme. "Eu tenho ansiedade em relação ao trabalho e medo de ficar acomodada", conta ela ao Notícias da TV.

"Eu amo trabalhar e tenho sede de buscar coisas novas. Porque, por mais que eu ainda seja nova, já fiz muita coisa: 13 novelas, três séries, fiz um pouco de teatro, mas cinema era algo que faltava e eu queria muito. Eu estava buscando um projeto que me encantasse e, quando chegou o roteiro de Todas as Canções de Amor, me apaixonei, peguei para ler e não larguei enquanto não acabei", lembra a atriz.

ERICK JACQUIN

Jurado do MasterChef diz que ganha pouco e mora de aluguel: 'Não tenho nada'

MC DIEGUIN MD

Funkeiro de 20 anos morre afogado ao gravar vídeo em represa

No longa da diretora Joana Mariani, que chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira (8), Marina interpreta Ana, jovem recém-casada com Chico (Bruno Gagliasso) que se muda para um novo apartamento no Centro de São Paulo.

Lá, ela descobre uma fita com canções românticas gravada pela moradora anterior, Clarice (Luiza Mariani), para o marido, Daniel (Júlio Andrade). A história se alterna entre os dois casais, mostrando o fim de uma união e o início de outra.

"Fico feliz de estrear em um filme tão lindo, que fala de amor, e fazendo uma personagem que tem a ver comigo, com o meu lugar hoje. A Ana é uma menina jovem, que está descobrindo o mundo, entendendo como é estar em um relacionamento", explica a ruiva, recém-casada tal qual a personagem _Marina trocou alianças com o piloto Alexandre Negrão em setembro do ano passado.

Marina com Bruno Gagliasso em Todas as Canções de Amor: parceria no cinema e na TV

Ana, na verdade, é a segunda incursão da atriz no cinema: em 2004, ainda em início de carreira, ela fez uma ponta em Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida.

"Mas aquilo ali era mais uma brincadeira para mim, não era trabalho mesmo. Quando você é mais nova, vai muito na intuição. Conforme eu fui crescendo, me descobrindo melhor como atriz, passei a me aprofundar mais, a me preparar. Então, realmente, considero Todas as Canções meu primeiro papel de verdade no cinema", explica.

A primeira incursão "de verdade" de Marina na sétima arte foi premiada na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Na última quarta (31), o longa de Joana Mariani levou o voto da crítica na categoria melhor filme brasileiro.

Sem largar a TV
O desejo de fazer cinema, porém, não deixará Marina Ruy Barbosa longe da televisão. Ela praticamente emendou as gravações de Deus Salve o Rei (2018) com O Sétimo Guardião, novela que estreia no dia 12, no lugar de Segundo Sol. Na novela de Aguinaldo Silva, ela repetirá a dobradinha com Gagliasso.

"Eu amo fazer televisão e quero continuar fazendo. Acho que rola um preconceito com a TV, porque é muito difícil. A gente grava 30 cenas por dia, durante oito meses, é bizarra a quantidade de coisas que a gente tem que entregar em uma novela", valoriza a atriz, que também está no ar na reprise de Belíssima.

A correria para fazer TV é tanta que o ritmo mais tranquilo do cinema a surpreendeu. "O filme te dá uma oportunidade de ter mais calma, ter um olhar diferenciado. E é uma obra fechada, você sabe o começo, meio e fim, não te jogam no escuro. Eu me apaixonei muito por fazer cinema, quero ter cada vez mais oportunidades."