OFENSA DE 2018
REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Caetano Veloso no documentário musical Narciso em Férias, do Globoplay; vitória contra hater
Xingado de "macaco pedófilo" nas redes sociais em 2018, Caetano Veloso conseguiu uma liminar na Justiça para que Maria Carla Petrellis apagasse a postagem ofensiva. O cantor está processando a mulher por injúria racial e pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.
De acordo com a liminar obtida pelo Notícias da TV, o juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento decidiu em 9 de dezembro do ano passado que Maria Carla fez uma postagem ofensiva, preconceituosa e também criminosa, segundo o artigo 138 do Código Penal, por se tratar de calúnia.
Em 9 de novembro de 2018, a revista Fórum publicou no Twitter a notícia de que o blogueiro conhecido como Flavio Morgenstern havia sido condenado a pagar R$ 120 mil de indenização ao cantor por criar a hashtag #CaetanoPedofilo em 2017.
Na ocasião, a juíza Flavia Gonçalves Morais deu parecer favorável ao compositor e considerou que o réu (Morgenstern) incentivou os seguidores a hostilizarem o cantor, espalhando uma onda de ódio e de ofensas.
O estopim dos ataques virtuais foi uma postagem do grupo político de direita MBL (Movimento Brasil Livre) dizendo que o artista tinha cometido pedofilia no início de sua relação com a produtora Paula Lavigne, com quem vive até os dias de hoje.
Maria Carla Petrellis respondeu à publicação no Twitter da revista Fórum com o print de uma nota da Folha de S.Paulo que mostrava uma entrevista de Paula, na qual a artista declarava ter perdido a virgindade com o astro da MPB quando ela tinha apenas 13 anos, enquanto ele já estava com 40.
"A prova do crime de pedofilia! Caetano Veloso macaco pedófilo!", xingou Maria Carla, que se apresentava nas redes sociais como farmacologista e pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Butantan, em São Paulo.
De fato, o casal começou a namorar quando ela tinha 13 anos, e ele, 40. Entretanto, diferentemente de hoje, em 1986 não era crime se relacionar com uma pessoa menor de 14 anos. As decisões eram tomadas caso a caso pelos juízes.
O juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento, então, ordenou que Maria deletasse a mensagem de ódio em até 24 horas e ainda determinou que a ré pagasse uma multa diária de R$ 1,5 mil por dia de atraso caso houvesse descumprimento da decisão. Sem saída, Maria Carla apagou a publicação e deletou suas redes sociais.
O perfil de Maria Carla Petrellis a mostrava como uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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