COFRES CHEIOS
Reprodução/Instagram
Antonia Fontenelle foi reconhecida como herdeira de Marcos Paulo e ganhou R$ 25 milhões na Justiça
REDAÇÃO
Publicado em 24/12/2019 - 4h50
Se para muitos brasileiros foi um ano de contar moedas e passar aperto, houve quem tenha se dado bem e enchido o cofre. Em 2019, alguns processos judiciais que duraram anos tiveram desfecho favorável para as celebridades que reivindicaram uso indevido de foto nua em uma famosa revista masculina, herança milionária e até danos morais por acusação de pedofilia.
A bolada mais gorda quem levou foi Antonia Fontenelle. A atriz foi casada durante sete anos com o diretor da Globo Marcos Paulo (1951-2012), que escreveu um testamento deixando metade dos seus bens para a mulher.
As três filhas dele, no entanto, tentaram invalidar o documento, e a batalha durou sete anos na Justiça. Por fim, ficou decidido que a última mulher do diretor deveria ficar com 50% de tudo, aproximadamente R$ 25 milhões. O restante, ficou dividido entre as filhas Vanessa Serina; Mariana Sochaczewski, fruto do casamento com a atriz Renata Sorrah; e Giulia Costa, filha da atriz Flavia Alessandra.
Veja outros quatro famosos que se deram bem na Justiça:
reprodução/sony pictures
Camila Pitanga em cena do filme Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios
Assim como Fontenelle, a ação judicial de Camila Pitanga também durou sete anos até que ela saísse vitoriosa. A atriz processou o Grupo Abril pela publicação na revista Playboy, em dezembro de 2012, de três imagens dela nua. As fotos foram obtidas por meio da reprodução de cenas do filme Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios e veiculadas sem autorização. Camila pediu indenização de R$ 300 mil, ganhou, mas o valor ainda precisa ser atualizado e deve aumentar.
cesar alves/tv globo
Gloria Pires na festa de lançamento da novela Éramos Seis; atriz teve uso indevido de imagem
A Justiça considerou que a marca Nutralogistic usou indevidamente a imagem de Gloria Pires para fazer propaganda de seus produtos e condenou a empresa, em junho do ano passado, a pagar R$ 40 mil por danos morais e materiais. Como a ação foi movida em 2012, o valor foi corrigido neste ano para receba R$ 1 milhão.
No entendimento da juíza Maria Cristina Slaibi, da 3ª Vara Cível do Rio, a campanha divulgada no Facebook induzia o público a acreditar que Gloria fazia uso do produto: "A empresa quis pegar 'carona' no prestígio e na boa fama construídos ao longo de muitos anos pela atriz", escreveu a magistrada em um trecho da sentença.
reprodução/tv globo
Caetano Veloso no Criança Esperança, da Globo; cantor foi acusado de pedofilia por hater
Caetano Veloso processou o blogueiro conhecido como Flavio Morgenstern pela criação da hashtag #CaetanoPedofilo, em 2017. A juíza Flavia Gonçalves Morais deu parecer favorável ao cantor e condenou o hater a pagar R$ 120 mil como indenização. Na sentença, a magistrada considerou que o réu incentivou os seguidores a hostilizarem o cantor, espalhando uma onda de ódio e ofensas.
O estopim dos ataques virtuais foi um post do grupo político MBL (Movimento Brasil Livre) dizendo que Caetano tinha cometido pedofilia no início de sua relação com a produtora Paula Lavigne. O casal começou a namorar quando ela tinha 13 anos, e ele, 40. Mas, diferentemente de hoje, em 1986 não era crime se relacionar com uma pessoa menor de 14 anos. As decisões eram tomadas caso a caso pelos juízes.
reprodução/sbt
Everton Luiz Di Souza, o Fofoquito, no The Noite; ex-repórter enfrentou Valdemiro Santiago
Everton Luiz Di Souza, o Fofoquito, venceu o processo contra a banda e a editora musical do líder evangélico Valdemiro Santiago em primeira instância. Na ação contra o apóstolo e suas empresas, o ex-repórter do SBT reivindicou o pagamento pelos direitos autorais de uma música e pela direção e produção de um documentário biográfico do religioso, lançado em DVD.
A Justiça determinou que ele receba aproximadamente R$ 500 mil de indenização. Embora tenha saído vitorioso, Fofoquito decidiu recorrer da decisão. No processo inicial, ele pedia R$ 48 milhões, valor baseado nos cálculos feitos em cima das vendas e distribuição dos materiais que ele criou, e pelos quais não foi remunerado.
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