IDENTIDADE DE GÊNERO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Bárbara Paz em postagem no Instagram; ela afirmou que se entende como pessoa não-binária
A atriz Bárbara Paz afirmou que é uma pessoa não-binária, ou seja, alguém que não se classifica somente em um dos gêneros binários (masculino ou feminino) e não se identifica nem como homem nem como mulher. Ela disse que se vê como um indivíduo inquieto e plural em diversos sentidos. "Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi", comentou.
A revelação ocorreu em conversa com o ator, jornalista e produtor cultural Paulo Azevedo, em episódio do podcast Almasculina. No bate-papo, a artista analisou que a pluralidade é importante profissional e pessoalmente.
"A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca. Sou muitas coisas. Sou muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar", explicou.
Bárbara recordou que a questão da sexualidade não era um tema tratado entre sua família e que teve a ajuda de informações por meio da leitura. "Não tive a cultura dentro de casa de perguntar sobre sexualidade. Tudo o que aprendi foi lendo em revistas. Não se falava disso. Se falavam, não me lembro, porque eu nunca me questionei muito. Se é homem ou mulher, do que você gosta. Para mim, você gosta de pessoas", disse.
O tema da não-binariedade começou a ganhar força em sua vida nos últimos tempos, durante a pandemia da Covid-19. Ele aproveitou o momento para ter maior autoconhecimento e começou a refletir sobre o assunto.
"Muitos homens habitam dentro de mim. Quando ouvi esse discurso do não-binário, do transgênero, pensei: 'Será que, se tivesse escutado isso com 12 ou 13 anos, eu teria achado que eu era pelo fato de eu sentir isso?'. E não estou falando de sexualidade, mas de sensação", comentou.
"Às vezes eu me olhava no espelho e me sentia um garoto. Eu me olho no espelho hoje e sou uma mulher com peito, bunda, curvas. Gosto de ser menino e de ser menina. Pode? Hoje pode!", explicou. "Cada vez mais a gente consegue respirar e ser a gente. Gosto de pessoas. Até agora, me apaixonei por homens, mas gosto de pessoas", completou Bárbara.
Ouça uma parte da entrevista de Bárbara ao podcast Almasculina:
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